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SEÇÃO
Crônicas
03/03/2008 - 18h17
Vida nova
Marcos Alves
 

Deve ser uma daquelas épocas propícias à reprodução ou talvez seja - como dizem, a água. Estou cercado de mulheres grávidas! E vou logo explicar a fim de evitar julgamentos precipitados.

Na família, no trabalho, entre os amigos... Ultimamente tem sempre alguém ligando para dar notícia de que fulano vai ser papai de novo ou que cicrana será mamãe pela primeira vez.

Uma cunhada espera o terceiro de uma prole linda, resultado da mistura de raças, branca e negra, brasileirinhas na cor da pele, na graça e no jeito.

No trabalho várias moças (algumas nem tão moças) deram à luz ou esperam - com aquele jeito só das grávidas - pelos seus rebentos. Todos em volta querem cuidar, evitar qualquer acidente, proteger aquela barriga.

Não falta quem se ofereça para agachar e pegar uma folha no chão, nem quem saia escondido do chefe para ir buscar um pastel assado com catupiry - desejo mais recente da moça. Ela é uma rainha e o neném um príncipe, o centro das atenções antes mesmo de nascer.

A mãe confessa que tem suas preocupações, os gastos inevitáveis e a incerteza própria dos que sabem o tamanho da responsabilidade. Geralmente a maioria concorda, mas assim que a conversa fica restrita aos colegas mais próximos vem o consolo: a gente dá um jeito, com o tempo tudo se ajeita...

Foi assim comigo. Os dois filhos vieram em momentos distintos, circunstâncias diferentes e carregadas de sentimentos e emoções à flor da pele. Sei exatamente como foi cada minuto na sala de espera, a ansiedade e o alívio misturado com uma alegria bastante especial quando vi meu filho e minha filha envoltos no pano verde da maternidade.

Tive problemas no início, desajeitado com aquele ser tão pequeno e de aparência muito frágil. Com o tempo deixei de assustar à toa, aprendi com a seqüência de idas e vindas ao pediatra que eles não são tão fracos assim, pelo contrário, e são dotados de uma flexibilidade incrível, perfeita para agüentar as trapalhadas de pais principiantes.

Capazes de façanhas admiráveis, como recuperar a auto-estima e a vontade de viver dos adultos - trazem a esperança de renovação, alegram a casa, surpreendem até quem achava que tinha visto de tudo nessa vida. Claro, desde que dormindo no horário, falando em voz baixa e brincando sem quebrar nada da casa. Mas aí é querer demais.


Nota do Editor: Marcos Alves é jornalista.

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