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Opinião
14/03/2008 - 19h27
A mãe do PAC
Rodrigo Constantino - Parlata
 

Recentemente, o presidente Lula disse que a ministra Dilma Rousseff era a “mãe do PAC”. A poderosa Ministra Chefe da Casa Civil reconheceu a maternidade da criança, “para o bem ou para o mal”. Estaria o PT pensando já nas próximas eleições em 2010? Se for este o caso, melhor conhecermos um pouco mais do currículo dessa ministra com tom autoritário. Os fatos são conhecidos por muitos, mas não custa refrescar a memória daqueles que por ventura esqueceram dos detalhes da trajetória de Dilma.

Nos tempos da ditadura militar, a “companheira Estella” foi uma das que planejou o roubo do cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo. O crime foi praticado pela Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares, ou VAR-Palmares. Este grupo revolucionário era fruto da fusão entre a Vanguarda Popular Revolucionária, de Carlos Lamarca, com o Colina, grupo que tinha “Estella” como líder. Em julho de 1969, treze guerrilheiros da VAR-Palmares roubaram o cofre de uma casa no bairro carioca Santa Tereza, onde vivia a amante de Adhemar. Os assaltantes teriam levado US$ 2,6 milhões na operação. Dilma, a então “companheira Estella”, teria organizado pelo menos três ações de roubo de armamentos em unidades do Exército no Rio de Janeiro, somente em 1969.

Dilma não declarou publicamente ter se arrependido desses tempos. Pelo contrário: ela parece sentir orgulho de suas ações no passado. Comunistas são assim mesmo: acham que os fins justificam quaisquer meios. Isso sem falar que os fins escolhidos por eles são a escravidão, miséria e ditadura, resultados inevitáveis do comunismo. Dilma, assim como vários outros guerrilheiros daquela época, não era uma heroína combatendo a ditadura, mas sim uma guerrilheira lutando por outra ditadura, muito mais cruel. Aquela adotada em Cuba, ilha-presídio até hoje admirada por eles. Se esses guerrilheiros tivessem vencido, o Brasil hoje poderia ser uma enorme Cuba. Como disse Roberto Campos, “é sumamente melancólico – porém não irrealista – admitir-se que no albor dos anos 60 este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: ‘anos de chumbo’ ou ‘rios de sangue’...”

Mas o tempo passou e hoje muitos desses guerrilheiros estão no poder ou recebendo vastas quantias de indenização, pagas pelo “contribuinte” brasileiro. Somos forçados a bancar a vida mansa daqueles que lutavam pela mais bárbara ditadura comunista. O governo Lula teve como Ministro Chefe da Casa Civil, antes de Dilma, outro desses guerrilheiros, José Dirceu. Ao que parece, para ser importante no governo Lula é preciso ter sido criminoso. Faz sentido: um governo tão corrupto assim é trabalho para profissionais do ramo!

Qualquer um pode errar, pode ser vítima de um tolo romantismo de juventude, pode ser enganado pela retórica socialista. Muitos foram, mas acordaram e se arrependeram por ter defendido algo tão bizarro como o socialismo. No entanto, Dilma não foi apenas uma defensora do socialismo no campo das idéias. Ela escolheu o caminho do crime. E pior: não se diz arrependida. Errar é humano, mas insistir no erro é burrice. No caso, burrice de quem acha louvável a trajetória da poderosa ministra, que pode vir a ser a candidata petista à presidência. Não sei quanto ao caro leitor, mas para mim, ladrão é ladrão, mesmo que diga roubar por uma causa “nobre”. Quem rouba cofre é ladrão, não herói. Quem defende o modelo de Fidel Castro é safado, não altruísta. Quem faz ambos, pode acabar como o mais poderoso ministro, se Lula for o presidente. É esse o país que o povo brasileiro escolheu ter?


Nota do Editor: Rodrigo Constantino é economista formado pela PUC-RJ, com MBA de Finanças no IBMEC, trabalha no mercado financeiro desde 1997, como analista de empresas e depois administrador de portfólio. Autor de dois livros: Prisioneiros da Liberdade, e Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT, pela editora Soler. Está lançando o terceiro livro sobre as idéias de Ayn Rand, pela Documenta Histórica Editora. Membro fundador do Instituto Millenium. Articulista nos sites Diego Casagrande e Ratio pro Libertas, assim como para os Institutos Millenium e Liberal. Escreve para a Revista Voto-RS também. Possui um blog (rodrigoconstantino.blogspot.com) para a divulgação de seus artigos.

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