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SEÇÃO
Crônicas
21/03/2008 - 17h34
Coisas que ninguém entende
Renan Oliveira
 

Vou tentar enumerar, senão todas, pelo menos as principais. Sim, as coisas que ninguém (e principalmente, eu) entende. Vamos fazer a coisa funcionar mais ou menos assim. Vou me lembrando das principais e, conforme elas me vêm na cabeça, dou uma comentada e passamos para a seguinte. Prometo que, se não for divertido, ao menos será esclarecedor e conclusivo. A coisa será assim, digamos, hermenêutica, porém pueril. Mas deve funcionar. A conferir.

Por que diabos os sapatos fabricados em Portugal estão escritos na sola "este lado para baixo"? Bom, essa por enquanto é alarme falso. Fica no campo do suspense. Não tenho como confirmar isso. Prometo que quando eu me mudar para lá, em meados de 2009, mando e-mail avisando sobre a veracidade ou não do aviso (que, ao meu ver, se for confirmado pode ser incluído na categoria "Patético" das coisas que ninguém entende). Passemos adiante.

Quem foi o gênio que fez os adesivos para ambulâncias? Ah, vai dizer que você nunca leu "AICNÂLUBMA"? Para que serve aquilo? Para o motorista da frente ler pelo seu retrovisor "AMBULÂNCIA"? Só o barulho pouco estridente não basta? Nem vou me dar ao trabalho de procurar alguma história que possa explicar isso. Tá errado e pronto. Assim acontece também com alguns carros de polícia. Mas disso não quero falar. Vai dar no mesmo. Próxima genialidade, por favor.

Agora eu virei apenas com uma série de perguntas. Não quero comentar. É apenas para reforçar minha tese de que, realmente, há coisas que ninguém de fato entende. Lá vão elas: Quem disse que colocar bombril na antena funciona? Por que o siso só serve para doer? Por que em toda partida de futebol o trio de arbitragem posa para fotos com os dois capitães e essas fotos nunca são publicadas em nenhum jornal? Como o Obina se tornou jogador profissional de futebol? Por que as pessoas sempre elegem novamente políticos envolvidos em escândalos? Por que a igreja Universal tem tantos fiéis? (Reparem que foi de propósito apenas dizer as perguntas, não quero me enrascar, mas acho que todo mundo pescou o que eu quis dizer, em relação às 2 últimas).

Venho com uma que nem a física, a metafísica, a ultrafísica, a física quântica, Papa, William Bonner e Chuck Norris são capazes de resolver (se bem que o Chuck sempre tem mais chances que os outros; ah, esqueci do Magaiver). Por que a largura das calçadas de Copacabana é tão pequena? Como a maioria sabe, resido no bairro citado. E vez ou outra, quando tenho que ir até a rua, tenho experiências um tanto quanto desagradáveis.

Vamos aos ingredientes que compõem esse fato de caráter tão empírico. Bom, digamos que a calçada tenha uns 8 metros de largura. Alguns prédios, devido à violência, colocam grades na portaria, o que as diminui visivelmente. Em geral, em frente à portaria, do outro lado, próximo à rua, sempre há canteiros ou quiosques de flores, orelhões (não sei pra quê ainda existem, todo mundo tem celular; acho que é só para ratificar minha tese), ambulantes etc.

Descrito o cenário e suas variações, agora faça a gentileza de adicionar 2 senhoras bem idosas, pra lá dos 80, (ou 3, 4, 5, o sabor do desespero será o mesmo) que andam a 2 km por hora entre o canteiro e a portaria, simetricamente no meio, lado a lado, e eu, atrás delas, querendo apenas ter um dos direitos mais simples do cidadão, que é andar pela calçada. Se não bastasse isso, as senhoras parecem que têm olhos em algum lugar escondido, ou nas costas, ou na nuca, ou... deixa pra lá. Sério. Se eu tento desviar para um lado, a artrose as leva para onde tento passar; se tento pelo outro, um buraco na calçada faz com que a bengala dê uma balançada, e ela tape minha segunda chance. Tá duvidando?

Qualquer dia desses, levo vocês a fazerem o teste. Às vezes, acho que sou Truman em seu show particular. Qualquer dia desses eu surto e saio nadando pelo mar, rumando a costa africana. Mas quem sabe se no meio do caminho eu ache uma escada? Talvez nesse novo mundo, possam existir pessoas normais e coisas que todo mundo entende.

Inclusive eu.


Nota do Editor: Renan Oliveira é carioca, 24 anos, é jornalista, radialista e pós-graduando em Gestão Estratégica da Comunicação pela Facha. Trabalha na Assessoria de Imprensa da Biblioteca Nacional e está escrevendo seu primeiro livro de poesias, "Além do Infinito". Já trabalhou nas assessorias da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE) e também no Instituto Benjamin Constant. Tem um poema publicado na Antologia de Poetas Contemporâneos vol. 39, da Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE).

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