Em reportagem sobre a dengue no Rio de Janeiro o prefeito Cesar Maia (irônico, igual Eduardo Cesar), dizia que esteve em Salvador e pediu ao Senhor do Bonfim que levasse a dengue para o oceano. Ora bolas, o que esses caras pensam que são? Aqui em Ubatuba, no ápice da epidemia de dengue, quando o administrador era entrevistado, ele falava de tudo menos da própria dengue. Dizia que uma meia dúzia de opositores é que ficava a espalhar inverdades e que essas pessoas serviam apenas para atrapalhar seu governo. Será que foi essa meia dúzia que criou o mosquito transmissor e saiu (naquela época), na calada da noite, espalhando-o por aí? Quando perguntavam ao prefeito algo sobre a dengue ele falava sobre a praça que estava maquiando, falava sobre a mega-obra da avenida Iperoig, menos da dengue. Deu no que deu. Epidemia escondida até quando não se conseguiu esconder mais. Pra piorar, a Santa Casa, "requisitada" pelo prefeito, transformou-se em cabide de empregos, sendo ali empregados filhos de administradores, cabos eleitorais, irmãos de igreja... tudo em favor do alcaide, menos pessoas especializadas no assunto. O fato foi amplamente debatido, mas continuou ainda, por muito tempo, nos meios de comunicação imparciais. Não nos jornais a serviço de Eduardo Cesar, esses só reproduzem matérias oriundas da assessoria do prefeito. Coitados, são pagos para puxar sacos! Nós não dependemos de puxar sacos, temos identidade própria, falamos a verdade, às vezes até nos excedemos, mas apenas falamos a verdade. Isso incomoda Eduardo Cesar. Ele quer todos aos seus pés. Aqui não, jacaré! Não nos trocamos por emprego. Grande parte se entrega, pois, infelizmente, tem que manter família, então se sujeita a essas coisas. No fundo estão de saco cheio com esse sujeito que administra o município. Converse com eles à parte. Até presidentes de partidos que apóiam Eduardo Cesar não estão contentes com ele, mas precisam do emprego. Fazer o que?

Carlos Alberto G. Leite (Bacural)
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