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Opinião
08/04/2008 - 17h00
O consumismo dos emergentes
Sylvia Romano
 

O consumismo é o sonho de todos os pobres e consumado por todos os emergentes sociais. Os verdadeiros ricos consomem pouco, pois já nasceram com tudo e de nada precisam para demonstrar status, ou melhor, não ostentam e nem necessitam se afirmar em cima de objetos, grifes e toda uma parafernália de coisas para demonstrar seu poder.

Acumular dá muito trabalho. Os ricos de dinheiro e de inteligência sabem bem que para ser feliz necessita-se de muito pouco. Rico gasta pouco, come pouco e, principalmente, nunca mostra o que tem. Para que ter um guarda-roupa com centenas de sapatos, vestidos, ternos, camisas, relógios, jóias e outras quinquilharias se só temos um corpo e, ainda, com curto prazo de validade? Para que ter vários endereços residenciais, carros, motos, fazendas, aviões, barcos, ou seja lá o que for, se nunca teremos tempo nem vontade de aproveitá-los? Para que pertencer a vários clubes, entidades e estar em colunas sociais, se tudo isso provavelmente só nos trará inveja e riscos de segurança, além de alertar o governo para o nosso imposto de renda? Para que colecionar coisas que um dia nos serão roubadas, ou que não terão o menor valor para nossos herdeiros, que se não brigarem pelos despojos os encaminharão para leilões e serão vendidos a troco de nada? Para que colecionar livros e ter uma biblioteca imensa se jamais teremos tempo de ler todos eles, pois, se vivermos até os 80 anos, mesmo lendo dois por semana, conseguiremos ler, no máximo, 7 mil exemplares? Por que achar que tudo o que temos é nosso? Tenha a certeza de que tudo somente está emprestado por um curto período de tempo. Só temos o direito de uso e nada mais.

Diz um ditado que Deus dá dinheiro para alguns para castigá-los. Não estou fazendo apologia à pobreza, mas somente alertando alguns poucos bem-sucedidos e sonhadores que acham que o dinheiro é a solução de todos os seus problemas. A meu ver dinheiro é bom, em primeiro lugar, para dar independência; em segundo lugar para permitir, já que a sobrevivência deixa de ser prioridade, o crescimento intelectual e o conhecimento da realidade; e, em terceiro lugar, pela possibilidade de se exercer a mais feliz, dependente e viciante atividade que vem a ser a caridade e a responsabilidade perante a natureza e o mundo que deve ser legado à raça humana.

Dinheiro seria, de fato, muito importante só se pudesse comprar a eterna juventude e seus sonhos, bem como a saúde, paz, harmonia, justiça, amor, respeito e amizade - fatores que realmente importam e que dinheiro algum consegue comprar.


Nota do Editor: Sylvia Romano (www.sylviaromano.com.br) é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.

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