Setembro chegou, luminoso, radiante, esperançoso, repetindo o ciclo anual que permeia a vida dos humanos. Sempre que o fim do ano se aproxima as pessoas se enchem de afazeres voltados para as festas, para as férias, para o verão. Os jovens sentem o calor do Sol como um sinal para liberar os hormônios, as emoções e as ações. Para eles abrem-se infinitas perspectivas, novos amigos, novos amores, novas descobertas. Os mais velhos, que já passaram por esse palco, preferem o recolhimento, querem se reunir com a família e com os amigos, já não há tantas descobertas a fazer. Há que consolidar laços. Nos finais de ano nossa alma se enche de expectativas, embora no fundo a gente saiba que nada vai mudar. No Hemisfério Norte a chegada do mês de setembro é saudada de forma diferente, lá o verão está indo embora, deixando saudades, lembranças, esperanças, frustrações e algumas cicatrizes. O advento do outono, com toda a beleza e esplendor que o caracteriza, vem acompanhado do frio e da escuridão, os dias ficam mais curtos e a alma mais sensível, mais introspectiva. Hoje lembrei-me de uma canção que fez muito sucesso no final dos anos 60. Bastava ligar o rádio e logo o conjunto Gary Lewis and the Playboys se apresentava, "I’ll see you in September, when summer is gone". Há dias de melancolia, o que fazer? Esperar, geralmente passa!
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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