Prefeito: mero gerente de uma empresa chamada município, num período de quatro anos. Não olhar pela forma que o capital do município se evade, sendo que este é gerado em Ubatuba pelos impostos municipais, e não por uma produção incentivada por estes impostos. Por não ter uma política de desenvolvimento do município, função relevante de uma administração produtiva e não politiqueira. Temos sofrido por muitos anos descasos por parte dos gerentes municipais, que em lugar de pensar no desenvolvimento, pensam imediatamente, a partir do primeiro dia da sua posse, na sua reeleição, para ter um mandato para eles e outro para os sócios financiadores de campanha que carregam até os dinheiros que o Estado envia ao município de maneira irresponsável, sem a correspondente fiscalização do próprio Estado do dinheiro aplicado em “obras” mascaradas. É lamentável a irresponsabilidade de alguns cidadãos que batem palmas para os tijolinhos instalados de forma precária pelas empreiteiras medíocres, e que nossos pedreiros fariam melhor. O descaso municipal é tão grande que nem olha o que acontece no município para proteger seus eleitores. Por estes dias foi realizada uma reforma em uma loja (filial de financeira) e pasmem! Não contrataram pedreiros e eletricistas do município, que são seus clientes, mas contrataram pedreiros e eletricistas de fora, pagando melhores salários, todos uniformizados, local para estadia e alimentação, desta forma mandando o dinheiro que junto com a vendas de seus produtos também emigram para fora sem pagar impostos. Um empresariado que não atua junto aos legisladores, criando políticas protecionistas que teriam que atuar contra o desfalque da cidade, permitindo que as financeiras lhes causem estupor econômico. No artigo nº 173 da Constituição § 4 Dos Princípios Gerais Da Atividade Econômica diz: “A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise a dominação dos mercados e eliminação da concorrência”. Não é o caso dos centos de famílias que tiveram que fechar seus mercadinhos de bairros e pequenos comércios, que sustentavam nosso município, para dar lugar a grandes supermercados, que são filiais e levam no fim do dia o dinheiro que não passa nem nos bancos do município? Tudo isto ocorre frente os narizes dos gerentes municipais nefastos. Lamentável para o povo a estratégia eleitoreira, a cada eleição levantam uma cortina de fumaça para que o eleitor não aprenda a reagir, priorizando quem será o Prefeito camuflando o interesse pela eleição do Legislativo, que deveria ser o elo fundamental do povo no poder, o que origina uma leitura desinteressada para com esse poder. Grandes sombras novamente se projetam no quadro político, e podemos repetir as palavras de Rui Barbosa: “Os vermes evadidos do cadáver regressam a ele, empenhados na veleidade incensa de reconstruí-lo... que o diga o aspecto desta cidade entrevada na imobilidade de seus bairros primitivos... que o diga a indigência de nossa lavoura, a anemia sonolenta do nosso comércio... semelhante propaganda, meus caros conterrâneos não resiste a cinco minutos de bom-senso... indivíduos que se constituem em arautos da moral... a custa da seiva fartamente vampirizada... uma dilatação monstruosa da pessoa... sobreposta a Nação... câmaras anuladas pela corrupção parlamentar... os males que hoje nos afligem, são raízes sobreviventes... os trânsfugas do passo... os zangões promovidos a financeiros, os analfabetos candidatos a pensadores, os epiléticos graduados em estadistas... o mal causado pela ação dessas influências é incalculável haja vista a questão financeira nas proporções atuais resultado lamentável de essas explorações, de essas deslealdades sistematizadas, que principia por adulterar a obra”. Qualquer semelhança não é mera coincidência! Miguel Angel Correio Ubatubense correioubatubense@hotmail.com
|