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Opinião
25/04/2008 - 13h01
O povo quer sentar
Sylvia Romano
 

Com tanta coisa importante para se resolver na cidade não é que os fiscais da prefeitura de São Paulo resolveram abrir guerra a um grupo de comedores de pastéis de feira?!

Seria cômica se não fosse trágica a ingerência desse baixo clero do funcionalismo público da metrópole que decidiu, não sei o porquê, atormentar os pasteleiros de feira - e, principalmente, a sua clientela, que adora comer sentado um pastelzinho - retirando das barracas os banquinhos usados para o conforto dos seus clientes.

Será que estas "autoridades" nunca visitaram uma feira? Se não, gostaria que estes senhores tentassem comer em pé um pastel, segurando na outra mão um copo de garapa e com o olho no carrinho ou na sacola de feira.

Nossa cidade, tão carente de atrações para uma classe que tem que como única opção de compras e lazer freqüentar as feiras, uma instituição brasileira, o que é também uma grande diversão, deveria ter uma campanha para incentivar tal tradição criando atrações como, música ao vivo, mágicos, estátuas vivas, engolidores de espadas, contorcionistas e toda uma gama de artistas de rua que poderia muito bem ter nestas ocasiões uma oportunidade de se apresentar.

Sugiro a esses burocratas profissionais que, em vez de continuar perseguindo pasteleiros e freqüentadores de feiras, passem a se preocupar com, por exemplo, os valet parkings dos restaurantes de luxo que, não só tomam conta das ruas próximas, quanto impedem que se estacione na porta dos mesmos, como se fossem autoridades. Esses fiscais deveriam lembrar que um pastel de feira que custa R$ 1,50 e um caldo de cana a R$ 0,50 são os únicos alimentos que uma grande parcela da população tem para se alimentar, principalmente se aposentado for.

Se o prefeito Gilberto Kassab fosse às feiras da cidade e consumisse, sentado em um daqueles banquinhos, um pastel com caldo de cana, esta seria uma boa oportunidade a ser explorada pelo seu "marketing político", pois a população, em sua grande maioria, está nestas feiras, e não, nos caros e altos templos da gastronomia.

Pelo viés jurídico, tentar impedir que se sente para comer um pastelzinho no País da impunidade, onde criminosos como o jornalista Pimenta Neves e o médico Dr. Farah aguardam suas penas fora da cadeia, é invadir demais o direito de liberdade dos nossos munícipes.


Nota do Editor: Sylvia Romano (www.sylviaromano.com.br) é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.

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