Estou convencido de que este ano o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai realmente ganhar um gás e se propagar por todo o país, transformando essa nação em um verdadeiro canteiro de obras rumo ao desenvolvimento. No entanto, tais obras deverão bagunçar um pouco a economia e também o setor da construção civil brasileira. Assim como em Pequim, cidade que se prepara para receber a maior celebração esportiva do mundo e, ao mesmo tempo, corre para deixar tudo pronto, o Brasil deverá centralizar suas atenções em uma imensidão de obras que permitirão que o país continue crescendo sem riscos emergentes. Essa preocupação tem uma justificativa: o Brasil tem registrado picos na produção industrial e não pode se dar o luxo de esperar que a infra-estrutura do país não acompanhe tal demanda. No último ano, a produção de carros por aqui superou os dois milhões de unidades produzidas, colocando o país no centro de investimentos das principais montadoras do planeta e despertando o interesse polpudo dos chineses e coreanos. Para que essa imensidão de novos veículos trafegue Brasil adentro, é preciso recuperar boa parte da malha rodoviária. De acordo com o presidente Lula, uma região que começa a mudar de cara graças ao PAC é o Nordeste. Pude conferir que diversas obras estão beneficiando o transporte publico e privado para aquela população. Obras reivindicadas durante muito tempo. A geração de empregos para tais obras tem mostrado um novo cenário para a região. A economia começa a dar pequenos passos rumo a uma melhor qualidade de vida e a uma condição de emprego mais digna. Outra economia que promete bater novos recordes é a da construção civil brasileira, que durante 2007 contribuiu para um aumento significativo do PIB e gerou milhares de empregos, com destaque novamente para o Nordeste. Para 2008, a expectativa é que o crescimento ultrapasse os 9% alcançados no último ano, crescimento esse que foi beneficiado pela expansão do crédito imobiliário, pela injeção de investimentos internacionais e pelo bom momento da economia do país. A esperança é que tais obras rendam uma qualidade de vida melhor, já que dentro do cronograma está prevista a construção de postos de saúde, escolas, creches, praças, alargamento de ruas, pavimentação e expansão dos meios de fornecimento de energia e recursos hídricos. Nota do Editor: Altino Cristofoletti Junior é engenheiro, diretor da rede de franquia Casa do Construtor e dono de construtora.
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