Mais uma vez a ingerência tresloucada, desmedida e inconseqüente, aparece como um saco de bondades, como estes, distribuídos em festas infantis, cheios de traquinagens e guloseimas baratas. A proposta de criação de qualquer área de preservação e/ou de proteção ambiental deve vir (no mínimo) com justificativas convincentes, fundamentadas em resultados conclusivos de estudos técnico-científicos, descrevendo o estado atual e, quais as ações e métodos que serão utilizados para manutenção e/ou recuperação daquele “ambiente”. Por óbvio, não devem faltar alavanca a proposta. Não a alavanca, ferramenta bruta, mas, o empenho da verba orçamentária suficiente para custear os trabalhos e levar a cabo os resultados pretendidos com a “benemérita” ação... Criar uma área de proteção não é apenas “pari-la” para os holofotes “midiáticos”. É criá-la, na acepção da palavra. Da forma como está a proposta da criação das APAS é, na verdade, mais um atestado da falta do que fazer nos gabinetes (ambientalmente munidos e protegidos por ar refrigerado quente-frio) da Secretaria do Meio Ambiente. A verba, das tais meia dúzia de lanchas fiscalizadoras, que viriam dar “apoio” as APAs, poderia ser melhor aproveitada, se este recurso fosse integralmente destinado à alimentação dos famintos e esquálidos animais (exóticos ao local) abandonados à própria sorte no Parque Estadual da Ilha Anchieta, em Ubatuba. São centenas deles, que já fazem qualquer coisa por uma banana ou um tostines qualquer. A afirmação autoritária e desrespeitosa, dirigida às comunidades tradicionais (em especial à caiçara) não melhora a “relação” e mostra, pelas frestas, a que veio o Sr. Xico.
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