Tenho como missão falar de amor em meus treinamentos, principalmente do amor que devemos devotar a nossa família. Costumo dizer que devemos demonstrar nosso carinho e dedicação sempre e em todos os momentos às pessoas que amamos, pois a vida é frívola demais e passa num piscar de olhos. São meses que não escrevo e o faço agora após o Dia das Mães, porque pelo mesmo motivo em que minhas mãos e cérebro bloquearam-se para qualquer escrita é este mesmo motivo que agora me impulsiona a escrever. No passado escrevi "Um jeito único de amar", falando do amor sublime que é o amor de mãe, e agora vai minha homenagem póstuma àquela que me amou profundamente e a quem amei não somente em palavras, mas em atos cotidianos que foram crescendo à medida que a maturidade me fez enxergar e perceber o valor de gestos e palavras tão comuns. Gestos e palavras comuns podem ser uma simples ligação e uma frase tão singular: Alô, mãe. E do outro lado da linha aquela voz tão suave lhe responde: Oi filho (a)! Mas só percebemos o valor desta frase tão simples quando estamos diante de um telefone e nos sentimos imobilizados por não tê-la mais por perto. É simples também quando a faina diária nos faz acelerar o ritmo e saímos correndo e lá vem ela com o olhar terno e diz: E o meu beijo? Vai sair correndo? E aquele beijo é o mais doce de toda a vida, pois nos remete a infância e cujo aconchego nos dava segurança e tranqüilidade. É simples, muito simples dizer habitualmente "Mãe". Dizemos de forma tão natural que somos incapazes de perceber o significado existente por detrás de palavra tão singela. Chamamos por ela quando perdemos algo, quando queremos colo, quando necessitamos de conselho... E ela sempre disponível. Porque mães possuem o dom de amar incondicionalmente. São atos comuns e de tão habituais nos impedem, muitas vezes, de perceber o valor e o significado que há em cada um destes momentos. Sorte de quem percebe isso quando ainda há tempo. Felizmente foi o que aconteceu comigo, em tempo eu tive todas as condições de demonstrar a paixão e amor que eu tinha e tenho pela figura de minha mãe. Isso não suprime a saudade. Saudade não é um ponto final. Saudade é manter viva a lembrança de alguém que não está presente fisicamente, mas que estará eternamente em nossos corações. E a "boa" saudade será aquela livre de culpas, ressentimentos e arrependimentos, pois é fruto de lembranças baseadas no amor. Nota do Editor: Madalena Carvalho (www.madalenacarvalho.com.br) é formada em Administração de Empresas e Pós-graduada em Recursos Humanos, pela Escola Superior de Administração de Negócios (ESAN/FEI-SP). É Consultora Organizacional, com 22 anos de experiência, atuando em projetos de desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas, além de palestrante e conferencista, abordando temas ligados à Liderança, Gestão Estratégica, Mudança Organizacional, entre outros.
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