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SEÇÃO
Crônicas
26/05/2008 - 17h34
Beatriz
Fábio de Lima
 

Alice, Sofia, Débora, Vitória, Ana Júlia, Ana Carolina, Ana Cláudia, Ana Paula, Mariana, Amanda, Juliana, Beatriz...!

De uns anos para cá, tenho sentido uma vontade grande de ser pai. Talvez por isso, tenho namorado algumas mulheres que já têm seus filhos. Não que eu procure, necessariamente, mulheres que já sejam mães para serem minhas namoradas, mas nos meus mais recentes relacionamentos havia sempre filhos por perto. Eles não deram certo, mas os filhos, lindas crianças, ficaram nas minhas lembranças. Ficaram tão presentes na minha cabeça e no meu coração, ao ponto de eu sonhar com elas ainda hoje – mesmo já tendo passado algum tempo.
 
Se algum psicanalista estiver lendo esse texto, provavelmente, deduzirá que estou com graves problemas psicológicos. Eu refuto esse raciocínio. Apenas sinto saudade de crianças maravilhosas. Mesmo vendo um outro homem, que não o pai, ao lado de sua mãe, conseguiram, essas crianças, sentirem amor por mim. Disseram que me amavam e choraram quando eu precisei ir embora. Muitas dessas mulheres que namorei não chegaram a tanto por mim. Quero dizer que nenhuma delas disse que me amava. Mas, no momento que uma criança diz que o ama, aí sim você se sente verdadeiramente amado.
 
Na madrugada do último domingo sonhei com uma dessas crianças. No sonho conversamos e brincamos juntos por alguns minutos. Ela estava com o mesmo semblante de quando a vi pela última vez: cabelo despenteado, pele muito branca e bochechas rosadas. Também um pouco mais alta e um pouco mais magra. Sei que o tempo nos prega peças e ela deve estar bem diferente do que imagino ou do que me pareceu no sonho. Seu jeito de falar talvez tenha mudado um pouco também. Mas seu olhar com certeza ainda é o mesmo – aquele olhar que me passava amor, mesmo nos repentes de raiva que toda criança de quatro anos costuma ter.

Depois do sonho fiquei imaginando qual será o nome de minha filha, caso eu venha a ser pai algum dia. É claro que a escolha do nome dela não será unilateral. Eu e a minha futura namorada, noiva e esposa, e que será mãe da minha filha, escolheremos juntos o nome da criança, embora todos os nomes que listei no começo desse texto devam ser sugeridos por mim na hora de escolhermos. Meus nomes são todos femininos, porque sonho em ter uma menina. Sonho em ter a ‘minha princesinha malucona’ como um dia apelidei uma dessas lindas surpresas que o mundo colocou na minha vida. Aliás, é ela quem homenageio no título desse texto.

Para finalizar, lembrarei agora de um ditado antigo e bastante popular: pai não é aquele que faz; pai é aquele que cria! Tenho que admitir que muitas vezes aquele que cria é o mesmo que faz, mas nem sempre. Então, até já me sinto pai um pouquinho. Afinal, já levei um bebê ao hospital em plena madrugada, já troquei fralda, já fiz mamadeira, já ensinei a pronunciar as primeiras palavras, já dei comida na boca, já cantei música de ninar e, também, já contei histórias infantis. Já disse e ouvi a frase eu te amo. Até a palavra pai já ouvi algumas vezes – mesmo que tenha sido por engano. Sei que está chegando a minha hora de ser pai e estou ansioso por isso. Não sei se serei um grande pai, mas serei um pai feliz e dedicado.

Alice, Sofia, Débora, Vitória, Ana Júlia, Ana Carolina, Ana Cláudia, Ana Paula, Mariana, Amanda, Juliana, Beatriz...!


Nota do Editor: Fábio de Lima é jornalista e escritor, ou “contador de histórias”, como prefere ser chamado. Está escrevendo seu primeiro romance, DOCE DESESPERO, com publicação (ainda!) em data incerta.

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