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Opinião
31/05/2008 - 11h11
Afinal, quem é o companheiro Jair do Colina?
Mario Guerreiro - Parlata
 

Os arranca-rabos de Lulla e Marina Silva não são coisas recentes. Como no Brasil não há lestrigônios homéricos, todos devem estar lembrados da forte oposição da referida Ministra à transposição do Rio S. Francisco por causa de alegadas agressões ao meio ambiente.

Nesta ocasião, houve uma reunião interministerial em que Lulla fez uma analogia assaz contundente: “Marina, essa coisa de meio ambiente é igual a um exame de próstata: não dá pra ficar virgem toda vida. Uma hora eles vão ter que enfiar o dedo no cu da gente. Então, companheira, se é pra enfiar, é melhor que enfiem logo” (2006). [citado por P. Buchsbaum & A. Buchsbaum: Do Genial ao Bestial: frases da política, Rio de Janeiro, Ediouro, 2007, p. 15].

Alguns hermeneutas de plantão nos asseguraram que esta era a finíssima maneira de Lulla dizer que não se pode fazer omelete sem quebrar os ovos. Mas a companheira Marina não queria fazer nenhuma omelete, justamente por não querer ter quebrar os ovos. Como se sabe, nossos rios e lagos, nossas fauna e flora fazem parte de um santuário intocável para Marina. Nada disso de “desenvolvimento sustentável”! O Estado devia fazer o papel do folclórico Curupira: se limitar a perseguir implacavelmente os sacrílegos invasores da floresta virgem que - tal como uma imaculada vestal - devia ter preservada sua donzelice per omnia secula secolorum.

Assim sendo, não causou espécie a recente renúncia de Marina Silva, nem menos ainda a indicação de Serginho Cabral - fiel aliado de Lulla - de Carlos Minc para o espinhoso cargo. Por acaso, não foi ele um dos mais denodados defensores do mico-leão dourado da Mata Atlântica, do jacaré-açu do Pantanal e do jacaré-paguá do Rio?! [By the way: Com Lulla, Serginho consegue tudo o que quer, só não consegue descolar um candidato do PMDB à Prefeitura do Rio.]

Afinal de contas, Minc não é do Partido Verde, um partido que - tal como a bossa nova - nasceu entre um copo de chope e outro, nos pés-sujos de Copacabana, antes de se mover para salões grã-finos de Ipanema e Leblon?! E além disso, é o partido do Fernando Gabeira, outro ex-guerrilheiro urbano, hoje forte candidato para derrotar o bispo Macedo, perdão: o senador Macedo-Crivella nas próximas eleições para a prefeitura do Rio. Que escolheremos nós: a forca ou a cadeira elétrica?

A mídia em geral costuma contar uma biografia fortemente romanceada de Carlos Minc Baumfeld, dizendo coisas tais como “líder estudantil preso pela ditadura em 1969” quando, na realidade, ele não foi preso pela ditadura simplesmente por ser um líder estudantil, mas sim por ser membro de uma quadrilha de guerrilheiros chamada COLINA (Comando de Libertação Nacional) dirigida pela chefona Estella – nome de guerra de Dilma Rouseff, como é público e notório - que costumava praticar assaltos, entre eles o do Banco Andrade Arnauld, de onde foram roubados cerca de 45 milhões de cruzeiros (na época, uma baba preta!) e em que foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra. Gente finíssima, como pode ver quem tem olhos de ver.

Com a fusão do grupo guerrilheiro COLINA com o VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) os assaltos e os assassinatos continuaram às pamparras. Entre eles, o do marinheiro inglês David Cuthberg e do delegado Octávio Gonçalves Moreira Jr. Seria desnecessário alongar aqui a folha de “prestação de serviços” da companheira Estella e seu chefiado, o companheiro Jair, Carlos Minc Baumfeld, com seus incontáveis crimes de formação de quadrilha, assaltos, homicídios e latrocínios e delitos assemelhados.

O que não dá para engolir é essa mídia mentirosa querer fazer passar por bravos lutadores pela democracia um bando de comunistas que queriam trocar uma ditadura por outra pior ainda inspirada na de Fidel Castro em Cuba. Gente finíssima, como pode ver todo aquele que tem olhos de ver e ouvidos de ouvir!

Mal soube da sua indicação, o companheiro Jair, Carlos Minc, já foi fazendo declarações bombásticas. Disse que perseguiria de helicóptero madeireiros ilegais e que salvaria a floresta amazônica de sua crescente depredação e mais algumas gabolices proferidas com empáfia.

Fingia ele não se dar conta da grande falta de recursos do seu ministério e da pouca vontade política do governo Lulla de tomar qualquer atitude que venha a desagradar os desmatadores, seja para extrair madeira, fazer carvão, plantar soja ou criar gado. É claro que eles teriam o direito de desempenhar todas estas atividades produtivas a até outras, bastando para tal que tivessem a preocupação de preservar a floresta, de acordo com a idéia de desenvolvimento sustentável. Porém, isto iria de encontro aos seus interessas, à medida mesma que aumentaria o custo de seus investimentos.

Além disso, o controle da Amazônia passou para o comando da Secretaria de Planejamento a Longo Prazo (SEALOPRA) do aloprado secretário Mangabeira Unger. Ao menos neste particular J.M. Keynes tinha toda a razão: “A longo prazo, todos estaremos mortos”. Só se salvarão os imortais como Sir Ney.

Apêndice I: Mais uma das antológicas gafes do Lulla

Em recente reunião no Peru de Primevo Inmorales, Lulinha Paz e Amor voltou a justificar o dignificante epíteto de “o Cícero de Garanhuns”. No meio de um de seus mais arrebatadores discursos declarou: “A gente vê nas ruas o crescimento do Peru”. Mas, na seleta platéia, só poucos brasileiros que lá estavam tiveram que conter o riso...

Apêndice II: Frases em que até a velhinha de Taubaté não mais acredita

“O Brasil é o país do futuro” (Stephan Zweig muito antes da ascensão do PT). * “Este é um partido que não roubará nem deixará roubar” (Campanha de Lulla em 2002). * “Não há nenhum mensalão” (companheiros do PT no início do escândalo). * “Só sei que nada sei” (companheiro Lulla durante o escândalo). * “A saúde, no Brasil, atingiu a perfeição.” (companheiro Lulla antes da epidemia de dengue no Rio de Janeiro) * “Não existe nenhum dossiê” (companheira Estella antes da CPI que acabou em samba). * “Vou perseguir de helicóptero os desmatadores da Amazônia” * (companheiro Jair ao saber de sua nomeação para Ministro do Meio Ambiente). * “Aqui tem educação” (Serginho Groisman em conhecida publicidade na TV Globo). * “Puxa! Pensei que eram mulheres” (Ronaldo, o Fenômeno, no episódio dos travestis).


Nota do Editor: Mario Guerreiro (xerxes39@gmail.com) é Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC [Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência], da SBEC. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade. Autor de obras como Problemas de Filosofia da Linguagem (EDUFF, Niterói, 1985); O Dizível e O Indizível (Papirus, Campinas, 1989); Ética Mínima Para Homens Práticos (Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1995). O Problema da Ficção na Filosofia Analítica (Editora UEL, Londrina, 1999). Ceticismo ou Senso Comum? (EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999). Deus Existe? Uma Investigação Filosófica. (Editora UEL, Londrina, 2000). Liberdade ou Igualdade (Porto Alegre, EDIOUCRS, 2002).

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