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02/06/2008 - 13h44
A solidão de um paraíso
Antonio Epifânio de Oliveira
 

Nem sempre criar proibições é a maneira mais eficaz para se preservar, ou educar qualquer comportamento, sem criar soluções. Não é apenas ditar regras à base de repressão, como é o caso do Meio Ambiente, em Ubatuba.

Todos nós temos consciência da necessidade de se preservar o mar, a terra e o ar, mas, sem causar a miséria que, com certeza, é a maior inimiga do Meio Ambiente.

Ubatuba já teve seus tempos áureos, com a exploração do granito verde, atividade que, hoje, está proibida. Mas, sem nenhuma alternativa de trabalho aos profissionais do setor. Alguns tiveram de se adaptar em outras profissões e outros passam por dificuldades, até hoje.

Estas lembranças nos transportam também, para outras atividades que foram, uma a uma, sendo aniquiladas pelos ambientalistas de plantão, em nome da Natureza, que alguns deles, só ouviram falar, pois vivem entre as quatro paredes de seus gabinetes.

Quem não se lembra das plantações de hortaliças do nosso Município que, em época de entressafra, representava 50 por cento dos produtos comercializados no CEAGESP de São Paulo e proporcionava em Ubatuba, emprego certo? Mas, o prejuízo não fica só aí. A audácia do Meio Ambiente foi sem precedente. Pararam as construções civis, o trabalho dos areeiros, dos barreiros, motivo de grandes transtornos, que chegaram a tal ponto, que a própria Prefeitura, vive impedida de fazer manutenção nas ruas, por falta de material. Acabaram também, com a música nos quiosques, além de outras atividades. Corre ainda, um processo na Justiça para fechar a fábrica de gelo, equipamento imprescindível e vital no apoio à pesca e no desenvolvimento social do pescador. Não há como se ter outra visão. A santa inquisição ambiental decretou o embargo econômico do Município. Ubatuba acabou se transformando em um grande campo de concentração de desempregados e, o que é o pior, sem qualquer perspectiva.

O setor pesqueiro também vem, há muito, sofrendo pressões por parte dos órgãos ambientais. Mas, tem resistido a duras penas, embora, estas tais pressões já fizeram com que algumas pessoas desistissem da atividade e outras se encontram à beira da miséria. Agora, vem a Secretaria do Meio Ambiente querendo empurrar goela abaixo do pescador, a criação de mais uma grande dificuldade, a APA (Área de Proteção Ambiental), que poderá acabar com a pesca.

Ao contrário do que esclareceu o secretário Xico Graziano, que a criação da APA possibilitaria maior eficácia na fiscalização das embarcações industriais e de bandeiras estrangeiras, com a aquisição de lanchas e homens treinados, isso não é verdade, posso assegurar. Quem de nós não sabe que as embarcações de grande porte, de bandeira brasileira, que são as que pertencem às grandes indústrias, estão 100 por cento documentadas e farão suas atividades fora da zona de APA a ser criada e do zoneamento costeiro já existente? Portando, só perde o artesanal. As embarcações estrangeiras, também documentadas, têm convênio com o governo brasileiro para atuarem em nossas águas. Além do mais, elas devem ter equipamentos de navegação e licença que, é bem capaz, que os nossos órgãos fiscalizadores desconheçam. É importante que tomem cuidado, porque correm risco de ser presos no ato da fiscalização, ou de provocar uma crise diplomática entre países. A quem será que querem enganar?

Existe muito mais coisa a ser comentada, mas vejo que já dá para se ter uma idéia da dificuldade que Ubatuba e o seu povo vêm passando, por falta de clareza em relação às atitudes que são tomadas, sem ao menos ouvir a população.

Quero aqui, deixar minha contribuição a favor da pesca e um NÃO a APA, que não vai proteger nada, apenas criar confusão e prejudicar aqueles que menos podem.

Minhas sugestões são as seguintes:

1º - Extinguir o convênio com embarcações estrangeiras.

2º - Mudar o defeso existente.

3º - Preservar os manguezais que ainda existem.

4º - Que todos os navios façam a limpeza dos porões antes de desatracar dos terminais, principalmente, os petroleiros.

5º - Investir no saneamento básico.

6º - Acabar com o Pato d’água ou Biguá, em nosso Município.

7º - Proibir o uso de equipamentos de alta tecnologia na localização de cardumes.

Pequenas mudanças, certamente, devem contribuir muito com o Meio Ambiente, porque, por enquanto, por causa das atitudes ditatoriais, continuo achando que: “O ½ ambiente é um vírus em mutação – provoca a falência múltipla do povo”.

Antonio Epifânio de Oliveira

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