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Opinião
24/06/2008 - 16h05
A imprensa na campanha
Luciano Martins Costa - Observatório da Imprensa
 

A definição de algumas candidaturas a prefeito nas principais cidades brasileiras dá o tom do que será a campanha eleitoral vista pela imprensa.

Pressionados pelo excesso de zelo de alguns representantes da Justiça Eleitoral, cujas decisões têm sido amplamente contestadas, os jornais e revistas terão que enfrentar não apenas as restrições legais ao tratamento das notícias, mas também precisarão exercitar muito o senso crítico no que se refere à necessidade de equilibrar a pauta entre os candidatos.

Sabe-se que as eleições municipais deste ano são uma espécie de ensaio geral para a sucessão presidencial, marcada para 2010. Estará em jogo não apenas o primeiro teste real da popularidade do atual presidente, mas principalmente a capacidade dos partidos de se reorganizarem para uma nova etapa da democracia brasileira, quando o país projeta uma presença internacional mais relevante e consolida sua liderança na América Latina.

Completamente desfigurados, os grandes partidos já não representam o que dizem suas siglas. Além disso, o interesse na eleição de 2010 condiciona alianças, provoca dissidências e pode mudar completamente a relação de poder atualmente assentada sobre os dois grandes blocos políticos que compõem a situação e a oposição ao atual governo federal.

Sensação recorrente

O Partido Democratas, por exemplo, pretende unificar o tema de sua campanha em todo o país, responsabilizando o presidente Lula pela inflação, o que pode desviar os debates das propostas de questões municipais.

Mas nem sempre as intenções dos políticos se concretizam. O varejo das campanhas municipais acaba impondo temas e posicionamentos que distanciam ainda mais o discurso dos compromissos programáticos, e os líderes habituados aos temas nacionais terão que pisar o barro e dominar as temáticas do cotidiano, como os problemas habitacionais, a violência e o trânsito caótico.

Em São Paulo, por exemplo, a premência de algumas dessas questões vai exigir muito discernimento dos jornalistas quanto às inevitáveis invenções de campanha que acabam se revelando fantasiosas, como o custoso e inócuo "fura-fila" ou o delirante "aerotrem".

Ao lado das pressões de uma Justiça Eleitoral ansiosa por demonstrar seu ativismo social, os jornais e revistas terão que provar que podem prestar um bom serviço de esclarecimento aos leitores/eleitores sobre o que interessa neste ano: avaliar a capacidade dos candidatos de melhorar a vida nas cidades.

Mais difícil do que contestar as restrições de procuradores e juizes eleitorais será ganhar a confiança do público, para que não fique a sensação, já percebida em outros tempos, de que a imprensa se comporta como um partido político.

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