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Opinião
02/07/2008 - 10h01
Planejamento familiar, direito ao amor
Percival Puggina - Parlata
 

Nossa geração, em meio aos incontáveis problemas e dificuldades inerentes à vida moderna, se encontra, ao mesmo tempo, com perspectivas e possibilidades que até agora permaneciam indisponíveis para quantos nos antecederam na longa marcha do homem sobre a Terra. Entre estas últimas se inclui um amplo conjunto de métodos de concepção e contracepção, bastante eficazes, que permitem aos casais possam programar suas proles, seja com relação ao número de filhos, seja com relação ao intervalo entre gestações consecutivas.

Isso não é uma coisa qualquer, um mero conforto sem o qual vivíamos muito bem até então, como costuma acontecer com a imensa maioria das facilidades que a tecnologia proporciona. Ao contrário, é algo tão relevante quanto relevante será o fato de que, doravante, os bebês sejam desejados, esperados e planejados. Os métodos que proporcionam o planejamento familiar têm este notável impacto na vida humana: através deles e na plenitude de suas possibilidades, toda vida humana será resultado do amor conjugal e da vontade de ter filhos. Fecham-se, então, as portas das desventuras que, tantas vezes, correspondem aos filhos do acaso, da imprudência e da irresponsabilidade.

As conseqüências no plano social são inestimáveis. Em tese, crianças planejadas e desejadas são mais bem acolhidas, amadas e atendidas em suas necessidades. E, assim, muito provavelmente, encontrarão melhores condições para seu desenvolvimento integral.

Bem ao contrário do que tantas vezes se supõe, planejamento familiar não é e não deve ser visto como instrumento de redução de natalidade, embora possa também conduzir a isso. Ele tampouco deve ser visto como um direito apenas do casal ou, especificamente, da mulher. Ele é, em essência, um direito das crianças! Um direito que se torna inalienável ante a disponibilidade de métodos que o viabilizam – o direito de virem ao mundo como objetos do desejo e do amor dos pais.

Estamos, nestes dias, atravessando um período de transição no rumo desse objetivo. É um período em que o conjunto da sociedade precisa compreender o altíssimo significado do planejamento familiar, seja para a concepção, seja para a contracepção, como forma de zelo pelo valor da vida humana. Mobilizar-se nessa direção e envolver nessa tarefa o conjunto das forças institucionais, políticas e sociais das comunidades, tornou-se, hoje, uma imposição de ordem moral. Com efeito, os objetivos do planejamento familiar só são alcançados, em sua plenitude, com a ampla disponibilidade do conhecimento e da informação, bem como dos métodos e instrumentos que o viabilizam.


Nota do Editor: Percival Puggina (www.puggina.org) é arquiteto e da Presidente Fundação Tarso Dutra de Estudos Políticos e Administração Pública. Conferencista muito solicitado, profere dezenas de palestras por ano em todo o país sobre temas sociais, políticos e religiosos. Escreve semanalmente artigos de opinião para mais de uma centena de jornais do Rio Grande do Sul.

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