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Opinião
06/07/2008 - 09h06
A propaganda não é a alma da educação
Gabriel Perissé - Observatório da Imprensa
 

Hoje, politicamente falando, o tema da educação cresceu em importância dentre as tradicionais questões em (eterno) debate, como a saúde pública, a violência, a inflação, o desemprego, a reforma agrária...

No horizonte próximo, as eleições municipais preparam a disputa de 2010. O que se fez, o que se faz no campo da educação, e o que se difunde sobre o passado e o futuro são lances determinantes neste jogo do poder.

A mídia divulga informes publicitários dos governos. Por exemplo, na Folha de S.Paulo (27/6), meia página para o governo paulista: "Um ensino cada vez melhor. Essa é nossa prioridade". Os cinco parágrafos que se seguem tentam, de quebra, desmontar a atual e incômoda greve dos professores estaduais.

São palavras já influenciadas pelo marketing político: "nova proposta curricular", "maus professores", "transferências abusivas", "premiar professores e funcionários". Tudo parece "melhor", noção que surge 10 vezes no texto na forma de verbo, advérbio, adjetivo e substantivo.

A estratégia inclui uma espécie de "ministério da educação" paralelo. O governo José Serra criou o PQE (Programa de Qualidade da Escola), clone do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) do governo federal. Criou também o Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), clone do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Um tema que causa impacto

O MEC traz igualmente a público suas propostas, metas e resultados. Na revista Nova Escola de abril de 2008, para citar apenas uma entre outras iniciativas de divulgação, havia um caderno de 16 páginas no qual se destacavam idéias como a democratização do acesso ao ensino superior, o investimento na educação tecnológica e profissional, na alfabetização...

A propaganda não é a alma da educação, mas é nesse espaço que já teve início o corpo-a-corpo da campanha presidencial. Não é à toa que o governador José Serra, a secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, e o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza têm afirmado que o ministro Fernando Haddad faz uso político das avaliações educacionais como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e o Ideb. O medo, este sim, de origem política, é que os resultados dessas avaliações enfraqueçam o projeto "Serra presidente" perante a opinião pública.

Paulo Renato está atento à questão. Sabe muito bem, como podemos ver em seu artigo no Estado de S.Paulo (22/6), que se existe tema capaz de causar verdadeiro impacto na vida dos brasileiros (leia-se, eleitores), esse tema é a educação.

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