“Nada revela tanto o caráter de uma pessoa quanto as coisas que a fazem rir.” (Goethe) Enquanto a Polícia Federal sob o governo Lula realizava operações midiáticas no Brasil, levantando a suspeita de uma politização da entidade, o presidente Lula estava no Vietnã, enaltecendo o regime comunista, onde o Estado Policial arbitrário sempre foi total e aniquilador. O encontro do presidente com o general Vo Nguyen Giap foi repleto de saudosismo ideológico, e o presidente brasileiro quebrou o protocolo para pedir uma foto do general comunista com uma fã, a ministra Dilma Rousseff. Lula teria enfatizado que Dilma tem uma “verdadeira adoração” pelo general. Quem estudou um pouco de história, isenta das mentiras e inversões marxistas, não pode evitar um calafrio pelo tipo de gente adorada pelos poderosos desse governo petista. O general lutou contra a França pela “libertação” do Vietnã, e depois contra o “império” americano, contando com a ajuda chinesa. Com a publicação das memórias do dirigente vietnamita Hoang Van Hoan, foi conhecido o fato de que cerca de 30 mil soldados vindos de Pequim asseguraram, entre 1965 e 1970, a substituição das tropas norte-vietnamitas que tinham ido combater no sul. O general Vo Nguyen Giap, vencedor de Dien Bien Phu, reconheceu indiretamente, em 1964, a contribuição chinesa: “A partir de 1950, depois da vitória chinesa, o nosso exército e o nosso povo tiveram oportunidade de aprender lições preciosas com o Exército de Libertação do Povo Chinês. Nós pudemos nos educar graças ao pensamento militar de Mao Tse Tung. Esse foi o fator importante que determinou a maturidade do nosso exército e contribuiu para as nossas sucessivas vitórias”. A “educação” do ídolo de Dilma foi com ninguém menos do que o maior genocida da história da humanidade, responsável pela morte de cerca de 60 milhões de pessoas! O Partido Comunista Vietnamita (na época chamado Partido do Trabalho) inscreveu nos seus estatutos, em 1951: “O Partido do Trabalho reconhece a teoria de Marx, Engels, Lênin e Stalin, e o pensamento de Mao Tse Tung, adaptado à realidade da Revolução Vietnamita, como o fundamento teórico do seu próprio pensamento e como a bússola que lhe indica a direção em todas as suas atividades”. Essa direção foi a mesma de todos os regimes comunistas: da destruição, miséria, escravidão, terror e genocídio. A ministra Dilma tinha essa mesma bússola quando usava o nome Estella e organizava assaltos. Ainda bem que ela não saiu vitoriosa naqueles tristes anos 60... Em vez de “anos de chumbo”, o país teria “rios de sangue”, como disse Roberto Campos. O presidente Lula disse ainda que aprendeu com o Vietnã a gostar dos “fracos”, utilizando o velho romantismo de Davi contra Golias para espetar os Estados Unidos. Não obstante a gafe do presidente, já que atualmente os americanos são importantes parceiros comerciais do Vietnã, ele ignora que esses “fracos” lutavam pelo regime mais assassino e cruel da história, e que onde esses “fracos” venceram, reinaram o terror e a miséria. No Camboja, sem a intervenção americana, o Khmer Vermelho de Pol-Pot e outros marxistas tiveram a oportunidade de exterminar quase 30% de toda a população! Muitos focam apenas nas mortes com a Guerra do Vietnã, condenando os Estados Unidos, mas esquecem desse extermínio geral onde os americanos não se fizeram presentes nessa época. Mesmo no Vietnã, depois que os americanos se retiraram, morreu bem mais gente sob o regime comunista que Lula parece admirar. Na Coréia, os Estados Unidos conseguiram evitar uma unificação completa pelos comunistas. O resultado foi a Coréia do Sul, entre os países desenvolvidos e prósperos atualmente, enquanto a herança comunista é a Coréia do Norte, resquício da barbárie resultante da ideologia marxista. O fato tão ignorado pelas esquerdas é que, nos tempos da Guerra Fria, o lado comunista tentava conquistar o mundo e impor seu regime de terror, enquanto os americanos lutavam para preservar a liberdade. Onde os comunistas invadiram e não houve reação com ajuda americana, prevaleceu a escravidão total. Mesmo os países que atacaram os Estados Unidos permaneceram livres, como Japão e Alemanha. No fundo, muito mais livres que antes, e mais prósperos depois também. Já a parte da Alemanha que ficou com os comunistas viveu sob uma cruel ditadura por décadas, até o Muro de Berlim ser derrubado em 1989, novamente com a ajuda e pressão dos americanos. É inegável para qualquer um que tem um pingo de honestidade, que os comunistas lutaram para transformar o mundo num verdadeiro inferno, enquanto os americanos, não obstante seus erros graves que merecem críticas, lutavam para preservar a liberdade. Sabemos para qual lado Dilma e os demais aliados de Lula torciam ou mesmo lutavam com armas: o lado podre. Pelo visto, mesmo depois de décadas que expuseram essa podridão toda, jogando o comunismo no lixo da história ao lado de seu primo nazismo, essa gente ainda defende o lado podre e sente admiração pelos ídolos comunistas, ícones desse terror espalhado pelo planeta. Não satisfeito, o presidente Lula pediu uma foto com o general para mandar para “um amigo nosso que está doente, que é o Fidel Castro”. O presidente deveria escolher melhor suas amizades. Fidel é o mais antigo ditador do continente, e manteve uma cruel ditadura por meio século em Cuba, passando o poder para seu irmão depois, como se aquilo fosse um feudo familiar. A ilha-presídio virou um dos lugares mais miseráveis do mundo, e as liberdades mais básicas foram retiradas dos pobres cubanos. Milhares de inocentes foram fuzilados no paredón, sem falar de todos que morreram tentando fugir daquele inferno. Que tipo de gente pode ter em Fidel Castro um bom amigo? Alguém pode ser amigo de Hitler, ter admiração por Hitler, e ainda assim ser uma pessoa decente? Não há diferença essencial entre os casos, ao menos não para aqueles que não sofreram lavagem cerebral comunista. Quem tiver mais interesse em conhecer detalhes do regime comunista e do caso específico do Vietnã, eu sugiro a leitura de O Livro Negro do Comunismo, escrito por ex-comunistas que conseguiram abrir os olhos e enxergar a verdade. São 12 páginas só do rastro de terror deixado pelos vietnamitas marxistas, e 900 páginas no total. Mas faço um importante alerta antes: tomem um Engov para ler o livro, pois os relatos de fatos descobertos e documentados embrulham o estômago de qualquer um minimamente humano. Esse estrago cruel feito pelos comunistas não parece incomodar aqueles que ainda hoje nutrem admiração pelo regime e por seus antigos líderes. Diante do busto de Ho Chi Minh, o presidente Lula disse ainda: “O que vocês fizeram aqui foi muito mais que vencer uma guerra, foi uma lição de vida”. E que lição de vida! Ou seria mais adequado dizer... de morte? Nota do Editor: Rodrigo Constantino é economista formado pela PUC-RJ, com MBA de Finanças no IBMEC, trabalha no mercado financeiro desde 1997, como analista de empresas e depois administrador de portfólio. Autor de dois livros: Prisioneiros da Liberdade, e Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT, pela editora Soler. Está lançando o terceiro livro sobre as idéias de Ayn Rand, pela Documenta Histórica Editora. Membro fundador do Instituto Millenium. Articulista nos sites Diego Casagrande e Ratio pro Libertas, assim como para os Institutos Millenium e Liberal. Escreve para a Revista Voto-RS também. Possui um blog (rodrigoconstantino.blogspot.com) para a divulgação de seus artigos.
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