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Opinião
16/07/2008 - 05h35
Chafurda, Brasil, chafurda no lamaçal!
Mario Guerreiro - Parlata
 

Não há dúvida que – nesta República da Bruzundanga - a corrupção é fator endógeno como um câncer hereditário corroendo todas as células do tecido social, atravessando todos os segmentos da sociedade e cobrindo de vergonha os que ainda a possuem. E podem ser contados nos dedos... da mão direita.

Os miúdos praticam corrupção no varejão, nem melhor nem pior do que a dos poderosos atacadistas. Temos não só a microcorrupção caracterizada nas cervejinhas, nos tapa-bocas dados aos guardas em infrações de trânsito e outras pequenas transgressões da lei, como também a macrocorrupção de megaempresários, que desmoralizam a iniciativa privada. Será que são capitalistas contrários ao sistema capitalista?

Ué! No Brasil há vários usineiros socialistas pregando reforma agrária, mas só nas terras dos outros; vários padrecos distribuindo escritos de São Che Guevara e de São João Pedro Stédile para seus paroquianos. E pregando as virtudes do socialismo totalitário. Para encurtar a estória, cito Lorde Cigano – dono do circo Holiday, fabulosa personagem de Bye, Bye, Brasil, filme de Cacá Diegues: “Neste país não há consciência profissional, porra! Cafetão se apaixona, prostituta goza e traficante se vicia.”

É óbvio que o governo Lulla não inventou a corrupção generalizada, mas o referido governo tem adotado uma posição “nunca antes vista neste país”. Olavo Bilac estava certo: “Creança! Jamais verás um país como este!” De um lado, o governo está repleto de grandes e pequenos corruptos – o mensalão é apenas a pontinha do iceberg vinda à tona. De outro lado se esforça para mostrar serviço com as operações cinematográficas da Polícia Federal. Curioso é que elas jamais apresentam a mesma espetaculosidade quando há membros do PT (Perda Total) envolvidos. Porém isto não significa obviamente dizer que a Polícia Federal seja a KGB do Lulla, como concluíram alguns espíritos açodados.

O banqueiro Daniel Dantas, dono da Opportunity, o megainvestidor Naji Hahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pita foram 3 dos 17 presos pela Polícia Federal na Operação Satiagraha. As investigações sobre os tentáculos de Dantas e Nahas tiveram origem no escândalo do Mensalão, que não podemos dizer que deu em pizza... Mas deu em empadinhas distribuídas para todos os membros do Congresso. As empresas Telemig Celular e Amazonas Celular da Opportunity, estão entre as que abasteceram contas do Velerioduto do publicitário Marcos Valério, o carequinha que hoje já tem farta cabeleira de Sansão e, acreditem!, ainda está solto!

Nenhum dos três é desconhecido da mídia. Dantas e Najas freqüentemente estiveram e hão de estar envolvidos em escândalos financeiros. E Celso Pitta, quando à frente da Prefeitura de São Paulo, foi acusado de colossais desvios de verbas e evasão de divisas, mostrando-se fiel discípulo de seu mestre: Dr. Babaluf, O Impunível. Pesam sobre os probos cidadãos as acusações de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, sonegação de imposto de renda, desvio de verbas públicas, evasão de divisas, tráfico de drogas, perdão: tráfico de influências, coisa tão nociva quanto o de cocaína. Se apurar bem, é quase a metade do Código Penal. Gente fina é outra coisa!

Segundo o Globo em 9/7/2008, “O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu está sendo investigado, mas os ’dados’ não estão ainda amadurecidos, disse um delegado. Ele, o ex-deputado Luiz Greeenhalg e o Ministro Mangabeira Unger são citados como colaboradores de Dantas”. Nessa nova lista de suspeitos a novidade é o gênio yankee-baiano de Harvard, Mangabeira, sério candidato ao Prêmio Ignóbil.

Os outros são nossos antigos conhecidos: o velho Muvuca e o sub-comandante Marcos de Chiapas, perdão: sub-comandante Zé Dirceu da Bruzundanga. Por acaso, todos os três exerceram ou ainda exercem cargos no primeiro escalão do governo Lulla... Mas o Lulla, diga-se de passagem, a bem da verdade, tem adotado uma atitude socrática: “Só sei que nada sei”. M’engana que eu sou uma virgenzinha cândida e ingênua, doidinha para ser engabelada.

São sempre as mesmas personagens e é sempre a mesma chorumela, sempre o velho realejo de ceguinho com miquinho no ombro! Só os PPP (Pobres, Pretos e Pedintes) vão em cana nesta terra! Tá dominado! Tá tudo dominado! Cansei! É demais pro meu pobre coração! Lullla, o PT (Perda Total) e esse lamaçal chamado Brasil já me romperan las pelotas. Caetano é quem tem mesmo razão: o Haiti é aqui. E eu já perdi muito meu tempo escrevendo sobre o que não tem jeito. Chafurda Brasil! Chafurdem na lama brasileiros!, pois este é o ofício de suínos bem cevados. Votem de novo em Lulla-deixa-que-eu-chuto ou na companheira Estella (vulgo: Dilma Rousseff) ou em qualquer pastel que seu mestre indicar.

Apêndice I: Inaceitável!

É uma coisa inadmissível, simplesmente inaceitável! Humoristas como Millôr Fernandes preenchendo o papel com insinuações maldosas e altamente desrespeitosas sobre nossos valorosos representantes no Congresso Nacional. Vejam o que disse o referido humorista:

“Se canalhice matasse, ia ter muita gente no Congresso botando ponte de safena no caráter” (Millôr Fernandes em Veja, Ano 41, N° 28).


Nota do Editor: Mario Guerreiro (xerxes39@gmail.com) é Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC [Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência], da SBEC. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade. Autor de obras como Problemas de Filosofia da Linguagem (EDUFF, Niterói, 1985); O Dizível e O Indizível (Papirus, Campinas, 1989); Ética Mínima Para Homens Práticos (Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1995). O Problema da Ficção na Filosofia Analítica (Editora UEL, Londrina, 1999). Ceticismo ou Senso Comum? (EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999). Deus Existe? Uma Investigação Filosófica. (Editora UEL, Londrina, 2000). Liberdade ou Igualdade (Porto Alegre, EDIOUCRS, 2002).

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