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SEÇÃO
Medicina e Saúde
25/07/2008 - 15h14
Relação médico-paciente
Ricardo Teixeira
 
Quando um não quer, dois não compartilham

O ideal de uma relação médico-paciente é quando ambos participam das decisões. Entretanto, nem sempre as coisas funcionam assim. Em um extremo encontraremos médicos que se colocam em posição de superioridade e nem escutam a vontade do paciente. No outro, teremos pacientes com atitude passiva esperando de olhos fechados que o médico tome as decisões - essa é uma situação mais comum entre idosos e indivíduos com baixo nível educacional. Entre esses dois extremos, encontramos a grande parte das relações médico-paciente, uma relação que tanto o médico como o paciente influenciam um ao outro mutuamente.

Em algumas situações nas quais o médico pensa que o paciente não quer participar de decisões, esse julgamento pode depender bastante da forma como ele aborda o paciente. Uma coisa é o médico perguntar: "Você prefere que eu tome as decisões a respeito do seu tratamento ou você mesmo pode tomá-las?". Provavelmente teremos uma diferente resposta se o médico perguntar: "Você quer que eu tome decisões sobre seu tratamento sabendo o que é importante para você, ou sem saber o que é importante para você?".

Não existe receita de bolo, fórmula ideal para se chegar a um bom nível de compartilhamento de decisões. Muito do que se discute e se pesquisa sobre o assunto concentra-se em atitudes do médico que podem otimizar a comunicação e seu papel como facilitador da relação médico-paciente. Entretanto, são poucos os estudos que avaliaram o papel do paciente. Na verdade, os pacientes tomam decisões o tempo todo, seja na frente do médico, seja chegando em casa e seguindo ou não a prescrição ou então quando decidem trocar de médico. Alguns querem só ouvir o que o médico tem a dizer e decidir sozinhos o que fazer.

Há muito que se trabalhar para melhorar a comunicação entre médico e paciente, em busca de uma relação mais eficiente e que promova os melhores resultados. E muita gente tem trabalhado por isso. Temos como exemplo a Academia Americana de Comunicação na Assistência à Saúde e também a Academia Européia que possuem um corpo de programas educacionais destinados aos profissionais de saúde e também à comunidade. O sucesso terapêutico depende muito do paciente e começa com uma boa comunicação, sempre de mão dupla.


Nota do Editor: Dr. Ricardo Teixeira (drricardoteixeira.wordpress.com) é Doutor em Neurologia pela Unicamp. Atualmente, dirige o Instituto do Cérebro de Brasília (ICB) e dedica-se ao jornalismo científico. É também titular do Blog "ConsCiência no Dia-a-Dia" e consultor do Grupo Athena.

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