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Medicina e Saúde
31/07/2008 - 15h12
Parece conjuntivite, mas não é
Carla Furtado
 
Com sintomas aparentemente inofensivos, o tracoma acomete 150 milhões de pessoas no mundo, sendo que 6 milhões estão cegas

O nome é estranho, mas os sintomas são comuns, bem semelhantes aos da conjuntivite: olhos vermelhos e secreção discreta. A diferença do tracoma, infecção bacteriana causada pela Chlamydia Trachomatis, é o desdobramento. "Tudo começa com alteração na conjuntiva, localizada sob a pálpebra superior. Caso não seja tratada, a doença pode tornar-se crônica e levar da formação de cicatrizes palpebrais, conjuntivais e corneanas à perda total da visão", enfatiza a oftalmologista Micheline Borges, do Inob, em Brasília.

Como boa parte das infecções, a patologia está relacionada às condições sócio-econômicas e ambientais. No caso do tracoma, transmitido através do contato com secreções oculares e nasais contaminadas, a falta de higiene é a vilã. Populações que vivem em regiões onde não há saneamento básico são as mais atingidas. "Melhorar as condições de vida das pessoas que não têm acesso à água tratada para banhos regulares é a principal medida preventiva", afirma a médica.

Além disso, o acesso a avaliações oftalmológicas de rotina, independente de desconforto ocular, propicia a detecção precoce dessa e de outras alterações. "Os pais também devem estar atentos às crianças em fase escolar. Fora o contato diário com diversos colegas, elas estão mais expostas à poeira e à sujeira. Ensiná-las a lavar sempre as mãos após as brincadeiras é muito importante", alerta Drª Micheline.

O diagnóstico do tracoma é clínico e pode ser complementado com exames laboratoriais a partir da raspagem da conjuntiva e estudo por imunofluorescência direta ou PCR. Após o resultado e dependendo do estágio da doença, o tratamento é feito com prescrição de antibióticos ou intervenções cirúrgicas. A Organização Mundial de Saúde estima a existência de 150 milhões de pessoas com a infecção, entre as quais aproximadamente seis milhões estão cegas. A meta da OMS é eliminar a epidemia até 2020. Para isso, os governos federal, estadual e municipal estão organizados em uma estrutura de vigilância permanente para conter o aumento da doença em todo o Brasil.

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