Por alguns segundos, mais rápido do que o recorde dos cem metros rasos, vislumbrei a medalha de ouro deitada sobre os seios da Seleção Brasileira.

Realmente, Seleção como esta, só no tempo em que futebol estava longe dos negócios e próximo ao patriotismo, ao amor pela camisa, ao choro de representar bem aqueles que torcem de coração, pelo rádio ou pela TV, independentemente se analógica ou digital, do outro lado do mundo.

Os dribles sensacionais da última copa perdida serão reavivados. Atacantes e defesas mostrarão, novamente, do que são capazes para levar o nome de Nosso País ao ponto mais alto da Olimpíada: o número 1 olímpico, o ouro olímpico há muito perseguido por outros, que até hoje estão sem sucesso.

Provavelmente, o que falta a eles é o espírito olímpico, a vibração que enche os nossos olhos ao lembrar e entremostrar a Seleção Brasileira no pódio. E isto, Esta Seleção vai conquistar.

Vai ser uma conquista difícil, com muita luta e brilho dos pés de prata. Mas, vitória sem sacrifício inexiste no mundo real. É isto! Eles, os outros, estão em um mundo virtual!

Aliás, será que eles ainda sabem o significado de sacrifício, como Pelé em 1962, sendo caçado por todo campo até ser lesionado e ficando no banco? Será que eles sabem o significado de orgulho ferido, com Dunga e Branco em 1994, que lavaram a alma com os gols contra Holanda e na decisão dos pênaltis contra a Itália, onde Dunga também marcou o seu? Será que eles sabem o significado de morrer na praia, como as seleções de 1950 e 1998?

Todavia, esquecendo os outros, vamos torcer pela Seleção Brasileira, a Nossa Seleção, a Verdadeira Seleção!

Vai Marta! Vai Pretinha! Estamos esperando a medalha de ouro olímpica!

Nota do Editor: Fausy Dias é jornalista e um brasileiro, entre muitos, orgulhoso de sê-lo.