A verdade é que, a cada dia que passa, as mulheres estão mais conscientes no trato com o dinheiro. Hoje em dia, a grande maioria já incorporou as regras básicas de manutenção de uma boa saúde financeira: não gasta mais do que ganha, gasta com sabedoria (não compra por impulso!) e tem sempre uma reserva para uma hora de necessidade. Mas pode-se ir além. Que tal aspirar à riqueza? A quantidade de recursos financeiros e materiais para considerar-se rica varia de pessoa para pessoa. Uma definição interessante de riqueza é a capacidade de viver a vida como se quer, sem preocupações financeiras. O dinheiro não traz felicidade, mas oferece opções que não se teria sem ele. E para enriquecer é preciso planejamento e raciocínio financeiro. Uma mulher que planeja sua vida financeira possui um plano alternativo para sobreviver financeiramente se alguma catástrofe acontecer (perda súbita do emprego ou perda do cônjuge). Na troca de automóvel, opta por um carro com menor índice de roubos (seguro mais barato) e possui investimentos financeiros em seu nome. Participar de palestras relacionadas às finanças pessoais, não emprestar dinheiro a pessoas que provavelmente não devolverão o valor emprestado, não transferir as dívidas do cartão de crédito de um mês para o outro, examinar cuidadosamente o talão de cheques, ter consciência da sua própria renda líquida e analisar com frieza matemática as propostas de empréstimo e de investimento pessoal são sinais evidentes de alguém que já atingiu um avançado raciocínio financeiro. Seguem abaixo outros aspectos importantes relacionados a um bom planejamento e raciocínio financeiro: - Planejamento familiar: para um bom planejamento familiar, é preciso reunir-se com os filhos para discutir orçamentos e cortes necessários para realizar sonhos como carros e viagens de férias. Não há necessidade de abrir o jogo sobre as cifras, somente sobre comportamento de consumo, gastos e planos. É preciso mostrar que existe uma verba, mas que ela foi fruto de economia e planejamento; - Contas bancárias: praticamente 40% dos casais dizem que a renda do casal é totalmente compartilhada em conta conjunta. Já o número de pessoas que separam totalmente o que ganham é de 21% para mulheres e 48% para homens quando ambos trabalham. Quanto mais elevado o nível educacional e a renda, a tendência é que se incremente a separação da renda. Contas conjuntas ou separadas, não importa. O importante é que o controle sobre as contas seja eficiente, para que não haja necessidade de empréstimos para cobrir eventuais saldos negativos ou entrar nos juros dos cheques especiais; - Investimentos: habitue-se a investir o montante que conseguir economizar de sua renda mensal. Para escolher a melhor opção, é preciso saber qual o seu perfil. Existem investidores mais agressivos, que aceitam correr riscos em troca de um possível aumento no retorno do capital. Para estes, investir em ações pode ser uma boa opção, desde que considerem que este tipo de investimento tem que ser pensado a longo prazo. Para aqueles que não toleram qualquer oscilação nos seus rendimentos, o melhor é investir em opções seguras, tais como a caderneta de poupança. Vale a pena consultar o gerente do banco em que você tem conta corrente e saber as opções de investimentos oferecidas. Não se esqueça de perguntar sobre a taxa de administração cobrada, pois determinados investimentos podem não valer a pena, caso a instituição financeira cobre altas taxas para administrar o capital investido. Nota do Editor: Marcos Crivelaro é professor PhD da FIAP - Faculdade de Informática e Administração Paulista e da Faculdade Módulo, especialista em matemática financeira e consultor em finanças.
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