05/09/2025  05h26
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Crônicas
24/08/2008 - 16h00
O Opala de todos nós
Ruth Barros
 
Contos da Mula Manca

“Nossa Vida não Cabe num Opala” é um filme que deve ser visto logo, antes que saia de cartaz. A campanha, que alguns cineastas brasileiros andam fazendo, tem sentido – caso a fita, e isso vale para todos os filmes, ao que me consta, não tenha um público razoável, é varrida para dar lugar a outra. O problema é que alguns que fazem isso não dão a mínima vontade de ir contar para a galera que realmente vale a pena o deslocamento. E o Opala vale.

Começa com a morte do pai de uma família formada por ladrões de Opala, como no original da peça de Mário Bortolotto. O pai é o impagável Paulo César Pereio, que graças às possibilidades do cinema não some da história, assiste de camarote e dando palpites à desestruturação da já detonada estrutura familiar.

O diretor Reinaldo Pinheiro contou em uma entrevista que, entre outros méritos, ele foi provavelmente o último homem no mundo a dar um beijo na boca de Dercy Gonçalves. A falecida fez uma participação hilária como uma velha amalucada e disparadora de palavrões, personagem que não deve ter lhe custado muito esforço para compor.

A saga dessa família de baixa classe média que vai se afundando cada vez mais no submundo tem ainda, destaque entre as mulheres, Marilia Pêra e Maria Luiza Mendonça. O elenco masculino é dos mais fortes, Jonas Bloch, Milhem Cortaz e Leonardo Medeiros.

A trilha sonora é das boas, daquelas que dão vontade de parar na primeira loja de CD da esquina ou no camelô para saber se já tem cópia pirata, bem no espírito do filme. Levei um amigo, um músico gaúcho na pré-estréia em São Paulo e ele gostou médio, achou o filme meio pesado, daqueles que não dão refresco. Lá isso é verdade, mas a vida não é mesmo assim?


Nota do Editor: Maria Ruth de Moraes e Barros, formada em Jornalismo pela UFMG, começou carreira em Paris, em 1983, como correspondente do Estado de Minas, enquanto estudava Literatura Francesa. De volta ao Brasil trabalhou em São Paulo na Folha, no Estado, TV Globo, TV Bandeirantes e Jornal da Tarde. Foi assessora de imprensa do Teatro Municipal e autora da coluna Diário da Perua, publicada pelo Estado de Minas e pela revista Flash, com o pseudônimo de Anabel Serranegra. É autora do livro “Os florais perversos de Madame de Sade” (Editora Rocco).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.