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SEÇÃO
Medicina e Saúde
31/08/2008 - 07h16
Vasectomia
Márcia Wirth
 
O que fazer quando o homem deseja ter mais um filho?

- Um novo casamento;
- Um casal querendo ter mais filhos;
- Motivos religiosos;
- Perda de um filho;
- Dor no local da cirurgia.

São muitos e variados os fatores que levam um homem a desejar fazer a reversão da vasectomia. “Casais cuja causa da infertilidade é a vasectomia prévia podem ser tratados de duas formas. Uma delas é a reversão da vasectomia, por meio da recanalização dos vasos deferentes, cuja realização por microcirurgia produz bons resultados em termos de permeabilidade e de taxas de gravidez. A outra possibilidade terapêutica é a realização de uma fertilização in vitro, com resultados igualmente aceitáveis em relação à taxa de gravidez. A escolha de um ou outro procedimento depende de alguns elementos diagnósticos que devem ser discutidos pelo casal e pelo especialista em Reprodução Humana que os assiste”, afirma o Professor Doutor em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP, Joji Ueno, diretor da Clínica Gera (www.clinicagera.com.br).

Existem tabelas mostrando que o casal pode reverter a vasectomia e qual a expectativa em relação aos resultados. Reverter a vasectomia significa repermeabilizar os deferentes e, eventualmente, obter espermatozóides. O índice de gravidez, porém, cai com o tempo. Dez anos depois de feita a vasectomia, a probabilidade de gravidez oscila entre 30% e 40%. “Nos casos onde as chances de uma gravidez natural são menores, o casal pode contar com o apoio da reprodução assistida, como a fertilização in vitro. Hoje, é possível retirar um espermatozóide do testículo, introduzi-lo num óvulo da esposa e implantá-lo no útero da mulher para obter a gravidez desejada. A coleta do espermatozóide do testículo pode ser feita por punção ou durante uma biópsia testicular, método que permite a gravidez em 90% dos casais inférteis, inclusive quando o homem tem azoospermia, isto é, ausência total de espermatozóides no sêmen”, explica Joji Ueno, especialista em Reprodução Humana Assistida.

Fatores que precisam ser considerados

• O tempo da vasectomia influi na taxa de gravidez

Quanto maior o tempo da vasectomia, menores as taxas de gravidez. “A reversão da vasectomia é um ato tecnicamente viável e possível. Se a reversão for feita três ou quatro anos depois da vasectomia, em 90% dos casos, o espermograma será bom, e, em 70% dos casos existe a chance de a mulher engravidar. À medida em que o tempo passa, a hiperpressão no epidídimo vai gerando fibrose e surgem obstruções não no lugar em que foi feita a ligadura, mas abaixo desse ponto, o que complica a cirurgia. Embora o índice de repermeabilização seja sempre o mesmo, os espermatozóides não aparecem. Então, em vez de tirar aquele segmento e ligar os dois ductos deferentes, é preciso levá-los ao epidídimo num ponto proximal a esses que apresentam fibrose, fazendo uma conexão que deixa fora a área obstruída”, explica o médico Joji Ueno.

• A forma pela qual a vasectomia foi realizada é determinante da possibilidade de reversão

Se houve cauterização extensa ou se foi retirado um fragmento de maior comprimento dos vasos deferentes, a reversão pode não ser possível por falta de possibilidade material para efetuar a recanalização.

• A forma de realizar a reversão influi no resultado

A utilização de técnicas microcirúrgicas - realizadas com o microscópio cirúrgico - produzem resultados de quase 100% de recanalização, sendo consideradas as mais eficientes para a reversão da vasectomia. “A cirurgia para reversão da vasectomia é delicada e exige um microscópio capaz de aumentar entre 20 e 25 vezes, porque o tubo epididimálio é minúsculo”, observa o diretor da Clínica Gera. Técnicas com a utilização de lupa cirúrgica ou a olho nu produzem resultados menores.

• A permeabilidade tubária da mulher influi na decisão

Se o desejo de reverter a vasectomia está ligado ao de uma gravidez natural deve ser verificada a boa funcionalidade tubária da mulher e pesquisar outros fatores que possam comprometer a fertilidade natural. Pelo menos uma avaliação do potencial tubário da mulher - em geral, a histerossalpingografia - deve ser realizada antes da decisão de reverter ou não a vasectomia.

• A taxa de gravidez se reduz com a idade da mulher

Até 30 anos, a reversão produz cerca de 64% de gravidez; de 30 a 35 anos, 49%. A partir de 36 anos, a taxa é no máximo 30%. A probabilidade de má formação embrionária aumenta muito a partir dos 37 anos de idade da mulher. A fertilização in vitro permite que o embrião seja analisado em relação aos seus cromossomos (diagnóstico pré-implantacional), reduzindo a probabilidade de má formação. Assim, se a mulher do paciente vasectomizado tiver mais de 37 anos, é preferível a realização de fertilização in vitro, ao invés da reversão da vasectomia.

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