"Não basta fazer boas obras, é preciso fazê-las bem". - (Santo Afonso) Nós dias atuais vemos mais e mais uma intensa perseguição a cristãos no mundo todo das mais variadas maneiras. Temos, anualmente, a morte de aproximadamente 150.000 pessoas por ano pelo mundo a fora pelo simples fato de essas pessoas serem seguidores dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus. Ou seja, atualmente, são mortos por ano mais cristãos do que no primeiro século da Era de Nosso Senhor. Hoje, por ano, são mortos e perseguidos muito mais cristãos do que durante a Roma de Nero e Calígola. Aliás, apenas nos últimos anos foram assassinados somente no Sudão, em Darfur, aproximadamente 200.000 cristãos pelo simples fato de serem o que são: seguidores de Cristo Jesus. Aí, amigo leitor, fico cá eu com meus botões: qual o posicionamento da dita ONU em relação a esta situação? Reconheceu esse ato bárbaro como genocídio? Defendeu os direitos humanos dos cristãos covardemente assassinados? Creio que não preciso responder, não é mesmo? Além deste massacre físico apontado no parágrafo anterior, temos também uma (i)legítima guerra cultural contra tudo o que seja cristão. Quando passamos deitar nossas vistas nos livros didáticos de história vemos com grande clareza uma imensa distorção do que é a Igreja e de suas obras, do que é o Cristianismo e dos seus ensinamentos, como se a Igreja fosse tão só e simplesmente um instrumento de poder e todos os ensinamentos desta como se fossem mecanismos de controle político da sociedade. Ora, para compreender os grandes engodos que se apresenta nos livros didáticos de história sobre a Igreja basta que se pergunte para os “senhores da história” (que estão autorizados a falar em nome da memória coletiva) o que é a Igreja? Qual a sua finalidade? Mais do que depressa você perceberá que estes apenas insultam injustamente algo que eles desconhecem diametralmente (tanto a Santa Madre Igreja, como a história desta). De mais a mais, é impossível compreender uma via de salvação por um viés interpretativo materialista, viés este praticamente onipresente entre os “senhores da memória”. Mas tudo bem, se você não é cristão você tem toda a liberdade de espernear contra os ensinamentos do Verbo Encarnado, pode livremente insultar os seguidores e fiéis a Cristo, pois Aquele que É deu a nós a liberdade de escolha, coisa que, não existe nos países dominados por regimes marxistas que esses “senhores da memória” tanto defendem como sendo algo melhor e mais elevado. Por isso mesmo, pergunto para aqueles que se proclamam mais justos que toda humanidade: por que os cristãos (sejam eles Católicos, Ortodoxos, Protestantes ou Pentecostais), não podem usufruir das mesmas liberdades na sociedade hodierna? Por quê? Quer dizer que os inimigos do Cristo podem dizer o que bem entendem e o que supostamente pensam e os fiéis nada podem responder, pois, mais do que depressa a mídia chique e demais serviçais das Potestades das Trevas logo se colocam a afirmar que tais manifestação são retrógradas e preconceituosas, é isso? Nesta brincadeira sombria de multiculturalismo, claramente se percebe que todas as culturas e crenças, por mais estapafúrdias e sinistras que sejam, tem o direito de ocupar um bom e amplo lugar ao sol e os cristãos, por sua deixa, tem todo o direito de conceder todos os lugares ao sol para todas elas e calar-se. No mundo hodierno, infectado com toda ordem de anti-cristianismo que se manifestam na forma das mais variadas doutrinas políticas, doutrinas cientificistas e, principalmente, através do linguajar politicamente correto, percebemos com grande clareza que, ao mesmo tempo que os inimigos do Cristianismo o atacam visceral ou veladamente, eles se divinizam e se autovitimizam. Isso mesmo, vocês já repararam que, ao mesmo tempo, que eles batem na Igreja e na Cristandade, afirmam que eles é que são as vítimas da violência que está sendo impingida por eles? Por fim, mais uma vez, aqui fico eu, indigno servo que sou, a meditar sobre tudo isso e a me indagar: é necessário tudo isso para destruir a Cristandade? Será que já não seria o suficiente a covardia dos cristãos em defender o Cristo, que eles dizem amar tanto? Há muito tempo atrás, Santo Afonso de Ligório, havia afirmado que para destruir a Igreja não era necessário um Napoleão, ou vários deles. Para tal intento, segundo o referido Santo, basta apenas nós, cristãos. Basta apenas que continuemos calados e escondidos em nossas alcovas, fingindo que tudo isso não está acontecendo.
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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