O prazer com a dança é algo que se adquire no dia-a-dia. Com o decorrer do tempo chega-se à conclusão que é um prazer para a vida toda. Essa é a definição de Débora Silveira, bailarina e professora da casa de chá egípcia da Khan el Khalili (www.khanelkhalili.com.br), sobre a dança do ventre. “A belly dance traz inúmeros benefícios para a mulher, tanto para o corpo, quanto para o psicológico. Ela queima muitas calorias e ajuda no processo de emagrecimento”, conta Débora. Para o corpo, a prática freqüente da dança tonifica e enrijece a musculatura do abdômen, pernas, braços, costas e glúteos; aumenta e ativa a circulação sanguínea; trabalha as articulações, pois melhora o condicionamento físico; proporciona a reeducação postural; aumenta a flexibilidade e resistência física, além de desenvolver a coordenação motora e melhorar o eixo de equilíbrio. A dança do ventre também traz benefícios à saúde mental de quem a pratica, pois desenvolve a concentração, atenção, agilidade e criatividade, além de aliviar o stress. Débora, que se dedica à dança do ventre há quase 10 anos, revela que a dança desenvolve de imediato a auto-estima. “A mulher passa a observar e perceber que tem diversas qualidades que talvez nunca tenham sido trabalhadas, deixa aflorar a feminilidade, torna-se mais sensual, sem se tornar vulgar, e aceita a si mesma como um ser encantador, diferenciado e belo”. Em árabe, a dança do ventre é chamada de "Raqs Sharqui", dança do oriente, e existe há milhares de anos. Há relatos de que a dança do ventre tenha suas raízes na Índia e que de lá foi levada pelos ciganos, que a divulgaram no Ocidente. Outras histórias contam que ela nasceu no Antigo Egito. Já no Brasil, ela surgiu a partir da década de 70 e desde então, encantou as mulheres. Para Jorge Sabongi, proprietário do centro de cultura, arte e gastronomia egípcia Khan el Khalili, “a dança do ventre é uma arte e para ser um bom artista, precisa estar em equilíbrio com o corpo, alma e mente. E a dança do ventre pode proporcionar isso”.
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