Quando aquele casal de meia idade passou por mim, na orla da praia, em suas bicicletas, pensei que com certeza não eram caiçaras, pois não tinham a habilidade do caiçara. Continuando minha caminhada, ao descer a ponte vejo a mesma senhora caída no chão, sua bicicleta tombada... Assim como os demais, fui em sua direção. Ela estava toda machucada, pois na queda foi de cara ao chão machucando o rosto. Seu nariz sangrava muito, sua boca tinha sido cortada e seus joelhos estavam muito arranhados e sangrando. Ela achava que seu dedão direito havia sido quebrado. Estava nervosa e seu marido tentava acalmá-la. Fiquei com a senhora enquanto seu marido, na sua bicicleta, foi buscar um táxi, pois o mesmo não quis chamar o resgate. A senhora entrou no táxi e continuei minha caminhada pensando como é que pode uma obra estar sendo feita daquela forma, a passos de lesma, e sem nenhum cuidado com os pedestres que por ali passam. Não há nenhuma FAIXA DE SEGURANÇA NO TRABALHO, fator primordial em qualquer obra, ainda mais pública e municipal. Para impedir o trajeto foi colocado algumas caixas de madeira na descida da ponte, logo na cabeceira... É ÓBVIO que pessoas: homens, mulheres, crianças, idosos, vão sofrer as conseqüências negativas do desaviso... Hoje foi aquela senhora que veio passear em Ubatuba e perdeu seu fim-de-semana, amanhã pode ser você leitor, seu filho, sua esposa... Espero que com esse acidente os encarregados da obra tomem as medidas cabíveis e necessárias poupando as pessoas de acidentes maiores. Marisa Gonçalves Leite Castilho marisaleitecastilho@hotmail.com
|