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Opinião
27/09/2008 - 17h13
O diferencial das Bienais
Sônia Machado Jardim
 

A cada edição da Bienal Internacional do Livro a gente se pergunta: dá para melhorar? Como renovar um evento de tamanho sucesso? Este é o desafio que tanto a Câmara Brasileira do Livro (CBL) como o Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel), organizadores das maiores feiras de livros deste País, enfrentam ao preparar uma Bienal. Pelo visto, os altos índices de visitação apontam que estamos no caminho certo. No entanto, não podemos descansar.

O que fazer para continuar trazendo o leitor, o que podemos oferecer de diferente de uma ida ao shopping? Como despertar o interesse da imprensa e garantir uma cobertura de mídia para o nosso evento? O investimento numa programação cultural diversificada, interessante, antenada nos temas mais atuais é o diferencial que faz da Bienal muito mais que uma feira de livros. É um evento imperdível para qualquer faixa etária.

Do ponto de vista dos expositores, também a cada edição os estandes se superam. Enormes showrooms das editoras, verdadeiras livrarias são montadas para os dez dias de evento, onde fica exposto o que há de melhor da nossa produção editorial, com uma programação extensa de lançamentos. Um verdadeiro oásis para os amantes do livro. E para nós, editores, este contato direto com o leitor também é uma experiência muito rica. Durante o ano inteiro, dentro de nossas empresas, ficamos distantes daquele personagem que é o mais importante do mercado. Hoje, com tempo tão escasso, submetido às inúmeras outras solicitações modernas como a internet, TVs a cabo e videogames, o que desperta o interesse desse leitor? Vale a experiência de ficar parado no seu estande, ou no do seu concorrente, vendo o olhar do consumidor passear pelos títulos expostos e se deter em um livro específico. É uma verdadeira pesquisa de mercado!

E aí vai uma dica. Na pesquisa realizada durante a última Bienal do Rio de Janeiro, 52% dos visitantes foram à Bienal para comprar! Nos tempos atuais, em que as livrarias existem dentro da casa de cada consumidor via internet, ainda não há substituto para o prazer do passeio pelas prateleiras, da descoberta do livro esquecido ou desconhecido, de encontrar uma promoção. Todos esses perfis de consumidores estarão circulando pelos corredores, prontos para exercerem o seu direito de escolha.

Há, ainda, o papel social que a Bienal desempenha. Quantas crianças correm pelos corredores que, normalmente, não teriam acesso a um programa cultural, esbanjando alegria por estar no meio dos livros e de seus autores prediletos? Este ano tivemos, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, um espaço específico dedicado a elas, uma biblioteca montada com recursos do Instituto Pró-Livro. O Instituto é uma entidade sem fins lucrativos. Criado em 2006 em conjunto pelo Snel, CBL e Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), é mantido com a contribuição voluntária dos integrantes da cadeia produtiva do livro, como uma contrapartida pela desoneração do PIS e COFINS, concedida pelo Governo Lula, e tem patrocinado algumas importantes iniciativas em prol do livro e da leitura, como a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. É gratificante ver como a contribuição de todos os elos da cadeia do livro pode reverter em projetos importantes para o desenvolvimento do nosso setor e transformar de fato o Brasil em um país de leitores. (Agência Brasil Que Lê)


Nota do Editor: Sônia Machado Jardim é presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e diretora do Grupo Record.

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