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Opinião
02/10/2008 - 15h08
Brasil... Desrespeito, não!
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O Brasil vive, hoje, um inaceitável surto de desrespeito promovido pelos vizinhos que, em lugar de parceiros, se transformam em verdadeiros aproveitadores e, até, algozes dos nossos interesses. Desde que Evo Morales, rasgando todos os tratados internacionais e a ética, ocupou militarmente as instalações da Petrobras na Bolívia e ainda levou vantagem, ficou claro aos demais que o governo brasileiro não reage, comportando-se igual aquele clássico grandão bobo que se acovarda diante de pequeninos trucadores.

Os "hermanos" argentinos obstruem os investimentos do Brasil em seu território, Chávez cortou drasticamente as importações de veículos brasileiros, o Paraguai força para receber mais pela energia de Itaipu e, agora, o Equador - que nem vizinho é - persegue empresários e técnicos brasileiros e ameaça dar um calote de US$ 240 milhões no BNDES. Tudo isso sem falar que Bolívia e Paraguai agitam a invasão e a reforma agrária nas terras que brasileiros compraram e cultivam naqueles países.

Como numa briga de rua, os pequenos acharam o fraco do grandão e, como resultado, promovem uma verdadeira escalada contra os interesses brasileiros. O governo de Brasília tem o dever de reagir à altura contra os achaques dos neo-tiranos das republiquetas vizinhas à economia e, até, à nossa própria soberania. Não pode embalar-se com o canto da sereia ideológica e deixar de defender os nossos reais interesses. A ideologia é uma opção, mas o cumprimento de acordos e tratados é obrigação de todos os Estados, e aqueles que não o fizerem têm de sofrer as sanções. Como reagiriam os EUA, a França, a Inglaterra, a Rússia e outros países do chamado primeiro mundo, se sofressem aquilo que os vizinhos hoje fazem ao Brasil?

O governo brasileiro não pode perder de vista o seu dever primordial governar o próprio país e atender às necessidades do povo brasileiro, sempre negligenciadas. Toda incursão internacional, principalmente se envolver investimentos de nosso erário, tem de levar em consideração a justa contrapartida, o interesse dos brasileiros e a credibilidade do parceiro. Salvo melhor avaliação, não há a menor justificativa para o dinheiro do BNDES financiar obras no Equador. Se o fizer nos países fronteiriços, em momento algum, deve se esquecer o interesse brasileiro. Não somos agência de fomento, nem instituição humanitária.

Enganam-se os sonhadores brasileiros ao pensar em hegemonia continental com nossos investimentos unilaterais. Qualquer empreendimento carece de razão econômica e justa divisão dos resultados. Há de se lembrar que, apesar de interesses coincidentes, o Brasil é diferente de todos os países sul-americanos, a começar pela língua e a colonização. A sonhada integração é mais complicada do que parece e jamais poderá ser patrocinada pela cândida capitulação brasileira. Jamais...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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