Quinta-feira, 2 de outubro, no Caderno Metrópole do Estadão, Ubatuba foi manchete com seu famoso lixão. A matéria coloca Ubatuba entre as 67 cidades com situação crítica e vergonhosa na questão ambiental, ressaltando que a CETESB irá interditá-lo até novembro, se a Prefeitura não fizer uma estação de transbordo neste prazo. A própria Prefeitura de Ubatuba, aponta gastos da ordem de R$ 1,5 milhão por ano, ou seja, "VOLUME MAIOR QUE A VERBA DESTINADA ESTE ANO PARA A PAVIMENTAÇÃO DE TODO O MUNICÍPIO". A falta de planejamento por parte dos prefeitos, no decorrer de anos, levaram Ubatuba a esta situação crítica, pois um município que quer ser um modelo de fomentação do turismo ecológico não pode sofrer com esta total falta de gestão e deveria, há muito tempo, ter criado outras soluções perfeitamente factíveis, como a criação de pequenas usinas de reciclagem, ecopontos para despejo de materiais inorgânicos, usinas de compostagem etc. Na mesma matéria é colocado, de maneira clara, que operar aterros já é um grande negócio, devido a onda verde da energia do biogás e que com a devida adequação é possível perfeitamente utilizar resíduos como matéria-prima, ajustando aterros para obter eletricidade em parceria com a iniciativa privada. Um gestor deve sempre ter uma visão de futuro, adequando a política pública de modo a propiciar ao seu município um modelo de gestão compatível com seu desenvolvimento, com idéias criativas, voltadas ao crescimento sustentável. Espero que esta matéria sirva de alerta ao nosso futuro prefeito e que ele consiga resolver este grave problema, que polui os nossos rios e praias e afasta o turismo, nosso maior meio de sobrevivência e que nunca mais sejamos motivo de outra vergonhosa reportagem sobre este fato. Eng. Guaracy Fontes Monteiro Filho maritiosso@bol.com.br
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