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Opinião
15/10/2008 - 09h06
MST - Os Sem-Terrinha
Carlos I. S. Azambuja - MSM
 

Algumas manchetes de jornais, segundo o site do Movimento Paz no Campo:

MST: 2 milhões de militantes e 1.800 escolas
200.000 crianças no Brasil aprendem no Livro Vermelho de Mao
País terá graduação para assentados
Graduação na USP só para aluno assentado
MST forma professores e prega luta”.

Nas 1.800 escolas públicas dos assentamentos e acampamentos estão matriculados 160.000 sem-terrinhas. Essas escolas são reconhecidas pelo MEC e mantidas, evidentemente, com recursos provenientes do governo.

Em cerca de 20 Universidades existem cursos exclusivos para a formação de sem-terra, por convênio. Esses cursos em sua maioria são pagos pelo Incra. Para se candidatar ao curso é preciso ser assentado, filho de assentado, não ter formação superior e trabalhar como educador em escolas dos sem-terrinha.

A Universidade Florestan Fernandes, inaugurada em janeiro de 2005 pelo MST, em novembro do mesmo ano formava 60 alunos em cursos de especialização, com a presença do Secretário-Geral da Presidência, ministro Luiz Dulci. Bem destacada no centro de cada diploma estava a frase: “Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres. Não se deixe cooptar. Não se deixe esmagar. Lutar sempre”.

Existe também um projeto de uma escola sul-americana de agroecologia, cujo protocolo de intenção para sua implantação no Estado do Paraná foi assinado pelos governos do Brasil, Venezuela, Paraná e dirigentes da Via Campesina.

Pela primeira vez no Brasil teremos estudantes saído de universidades com o diploma de professor rural. O Ministério da Educação fechou convênio com cinco universidades para a formação desses cursos. Segundo o MEC, esses cursos são inspirados nos cursos de graduação para os sem-terra. Há três anos existem esses cursos na UFMG. Na aula inaugural, em 2005, discursou Armando Vieira, líder do MST em MG. Pregou abertamente que as “universidades são latifúndios, e nossa presença aqui é uma ocupação”. Pura luta de classes e subversão!

A revista Época, em reportagem que ficou famosa – que trazia na capa a frase “MST, Eles querem revolução” – escreveu: “Há 20 anos eles eram crianças colocadas pelos pais na linha de frente das invasões, para constranger a polícia e suas baionetas. Hoje eles são o comando de ocupações, marchas e saques pelo Brasil afora. A nova geração do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a primeira nascida nos acampamentos e formada nas escolas da organização, chegou ao poder. Quando boa parte do povo estiver pronta para pegar na enxada, a gente faz uma revolução socialista no Brasil. Meus pais só queriam um pedaço de terra. Agora queremos mudar a sociedade, mesmo que não seja pela via institucional. A gente precisa ir para a luta, acampar e viver o desconforto para destruir o capitalista que vive dentro de nós. Queremos a socialização dos meios de produção. Vamos adaptar a experiência cubana e soviética ao país”.


Nota do Editor: Carlos I. S. Azambuja é historiador.

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