Logo quando comecei minhas atividades no comércio local, ali no cruzamento da rua Conceição com a Coronel Domiciano, flagrei, pela manhã, o cachorro do meu vizinho passeando pela calçada defronte a meu estabelecimento. Desconfiado, passei a observar o que poderia acontecer e então medir o grau de consideração que o vizinho demonstrava pela circunvizinhança. Não deu outra, o cão posicionou-se e... “bomba” na calçada! Para minha decepção, a porta do “nobre casarão” já estava fechada e não apareceu ninguém para recolher a escória depositada. O dito cujo continuou, seguiu até a nova Praça 13 de Maio, recém-inaugurada, bela e graciosa, e... “bomba” outra vez! Essa cena incrível tornou-se rotineira. Às vezes aparecia um cliente com o pé “carimbado” e entrava na loja espalhando m... pra todo lado. Lá ia eu com o pano de chão... Um dia fiquei enfezado, catei uma sacolinha plástica, recolhi os “montinhos” que encontrei e pendurei na fechadura do portão do inconveniente dono. De nada adiantou, o rito continua sendo seguido. Não sei se é cultural o conjunto de cerimônias, mas a minha vizinha, comerciante proprietária do café ao lado, tem a “nobre gentileza” de colocar sacos plásticos com lixo na rua. Bem diferente de algumas cidades próximas que tem recipientes e locais apropriados para tal. Agradeço O Guaruçá que me permite expressar um sentimento engasgado, e coletivo. Lincoln C. Kutelak
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