No dia 1º de novembro a Igreja militante (na terra) honra a Igreja triunfante (do céu) homenageando todos os Santos em uma única solenidade. Com a autoridade que Jesus deu ao Papa, a Igreja já canonizou mais de vinte mil santos. Mas, sabemos que há muito mais no céu. Crianças, adolescentes, jovens, adultos, anciãos, pais, mães, virgens, viúvas, brancos, negros, índios e escravos formam essa incontável multidão de bem-aventurados. A origem da festa de Todos os Santos vem do século IV. Em Antioquia era celebrada uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI. Cem anos depois, foi fixada no dia 13 de maio pelo papa Bonifácio IV - no mesmo dia da dedicação do Panteon de Roma a Nossa Senhora e a todos os mártires. O monumento pagão assumiu o nome cristão de Santa Maria dos Mártires. No ano de 835 a celebração foi transferida pelo papa Gregório IV para 1º de novembro. Deus prometeu a eterna bem-aventurança aos pobres no espírito, aos mansos, aos injustiçados, aos misericordiosos, aos puros de coração, aos pacíficos, aos perseguidos e a todos os que recebem o ultraje da calúnia, da ofensa pública, e até do martírio por causa do Evangelho. No século XX houve mais mártires do que em todo o resto da história da Igreja. Todos esses santos que tiveram fé na promessa de Cristo alegram-se e exultam pela grande recompensa da vida eterna com Deus. Quando o Papa João Paulo II esteve no Brasil e canonizou Madre Paulina, ele afirmou que "o Brasil precisa de santos, muitos santos". A santidade é a expressão máxima da fé. Quando nós os exaltamos, na verdade estamos glorificando a Deus, porque é por Sua graça que chegaram à perfeição. São Paulo começa quase todas as suas cartas lembrando os cristãos do seu tempo de que são "chamados à santidade". O Santo é aquele que vive segundo a vontade de Deus, obedecendo as suas Leis, e vivendo segundo a Igreja nos ensina. Ser santo é rejeitar a todo instante o pecado e tudo o que contraria a Deus. Os santos não pertencem a uma classe especial de pessoas. São de todas as condições de vida, raças, cores, culturas e países. Só uma coisa é comum a todos: eles foram heroicamente bons. Souberam viver todas as virtudes, alcançando pouco a pouco os graus da perfeição, com a graça de Deus. Como dizia Santo Agostinho: "Se tantos conseguiram, eu também conseguirei". Nota do Editor: Prof. Felipe Aquino é teólogo e apresentador dos programas Escola da Fé e Trocando idéias, na TV Canção Nova (www.cancaonova.com).
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