É... Muita gente que vota não sabe quais são os interesses daqueles que lhe pedem para serem seus representantes nos espaços de poder (prefeitura, câmara de vereadores, assembléia legislativa, governos estadual, senado, câmara de deputados e presidência). Acreditam que votar é uma simples questão de disputa, preconceito, rejeição entre outros absurdos utilizados como artifício para manter a alienação dos eleitores, uma ditadura democrática. Durante o período de eleições a realidade é maquiada estranhamente, um determinado poder faz a "mentira ser a verdade". As pessoas que se dizem conscientes de seus deveres e obrigações com outros cidadãos (sociedade é um todo, e não um fragmento de familiar) chegam a brigar como a idéia falsa fosse beneficiá-las. Vão se alimentando de imagens produzidas intencionalmente para manutenção do controle social. Só que, quando falamos sinceramente a essas pessoas que estão sendo traídas, elas se defendem atrás do escudo do discurso imposto "a política não se discute, cada um vota em quem quer". Isso seria justo se o voto fosse ideológico, mas não é. Porque aquele que oferece o seu voto a um determinado político, acha que está combatendo um mal, e está sendo um participante ativo da tal "elite-democracia". Mas o algo maligno da ordem no discurso do político está personalizado, justo em moradores dos bairros de quem votou nele. Esse dito administrador tem um olhar carregado de preconceito, algo que se percebe nitidamente na sua campanha, o slogan divulgado é "o povão me merece". Quem dá vitória das urnas a esses homens "públicos-privados" querem se distanciar do "povão", que para esses o significado da palavra é o coletivo de: bandidos, maloqueiros, vagabundos, drogados, favelados, analfabetos, burros, sujos, atrasados, ignorantes entre outros valores pejorativos referente a outros e não eles. Um sentimento de não fazer parte do coletivo, como a sociedade existe para o ser, e não o ser que está inserido na sociedade, resumindo o "olhar de vitrine". Então a mídia divulga a vitória do candidato e seus eleitores ficam felizes, porque votaram em quem ganhou, assim não se sentirão derrotados. Ae... Vão poder continuar a criticar: a saúde pública, falta de emprego, o acesso a habitação, transporte público precário, educação desqualificada, drogatização da juventude entre outras coisas que o político ladrão não resolve. Tudo transferindo para outra pessoa, como se não houvesse uma responsabilidade na hora de votar e não se enganar com imagens da vida produzida virtualmente. Nota do Editor: Rapper Pirata (rapperpirata@gmail.com).
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