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Medicina e Saúde
07/11/2008 - 11h12
Os efeitos do trânsito na saúde dos ossos
Rubens Rodrigues
 

Todas às vezes que estou no carro, parado em um congestionamento, sinto uma inveja danada de quem está em pé no ônibus ao lado. A afirmação parece exagerada, mas, como médico-ortopedista, conheço os prejuízos que o trânsito pode causar para a saúde dos ossos quando estamos sentados, além do estresse e de outros problemas, apesar do conforto aparente.

Quando sentamos por muito tempo ao volante (em média duas horas diárias), sofremos conseqüências semelhantes às de longas viagens de avião, como fadiga muscular e desgaste nas articulações.

A permanência no carro, por mais de 50 ou 60 minutos, sobrecarrega a musculatura e a estrutura óssea da região lombar das costas, o que provoca as famosas lombalgias, cada vez mais freqüentes, de acordo com o que verificamos em consultórios e hospitais.

Os movimentos repetitivos para mudar as marchas podem causar tendinite nos punhos ou bursite (inflamação) na região dos ombros. Nos membros inferiores, os atos de frear, acelerar e pressionar a embreagem diversas vezes podem desgastar as articulações dos tornozelos ou ocasionar dores nas pernas.

As dicas são: se possível, faça uma pausa de alguns minutos, saia do carro e estique as pernas; durante o trajeto, faça movimentos lentos e graduais com o pescoço, para a esquerda e para a direita, que colaboram para uma lubrificação da articulação na região cervical; tente adaptar o modo de sentar e evite movimentos bruscos com as pernas; e principalmente, procure um médico-ortopedista para uma avaliação adequada.

Alguns pacientes, quando são estimulados a ficar três ou quatro minutos em pé, após permanecerem sentados por muito tempo no carro, apresentam melhoras significativas dos sintomas dos problemas ortopédicos. O mesmo ocorreu com aqueles que substituíram o carro pela bicicleta ou por caminhadas. A mudança de hábito durante as férias ou a prática de atividades físicas regularmente também ajudam a amenizar os danos do trânsito à saúde.

O nosso dia-a-dia é como participar da Corrida São Silvestre: assim como temos de nos preparar fisicamente para a prova, devemos nos preparar para enfrentar as atividades diárias, principalmente o desafio do trânsito.


Nota do Editor: Rubens Rodrigues é médico-ortopedista do Hospital Bandeirantes (www.hospitalbandeirantes.com.br).

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