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Opinião
09/11/2008 - 09h11
Juventude Libertária da Resistência Popular
Carlos I. S. Azambuja - MSM
 

A Resistência Popular se diz “uma coordenação solidária que agrupa diversas expressões do movimento social pautadas pelo caráter combativo e autônomo, pelos princípios da ação direta, classismo, solidariedade de classe, horizontalidade, democracia direta e protagonismo popular” (*).

Nesse sentido, tem a intenção de impulsionar a construção e um movimento social unificado nacionalmente, com laços solidários internacionais que, a longo prazo, contribua para a edificação do socialismo, através da construção de um processo de avanço do poder popular e ruptura revolucionária. Por isso, a Resistência Popular, fundada em São Paulo em janeiro de 1999, mantém relações solidárias com a Resistência Popular de vários Estados e com movimentos sociais latino-americanos de caráter autônomo e combativo.

Daí, a Juventude Libertária da Resistência Popular (JULI-RP) surgiu da necessidade de organização de militantes que participavam de diferentes grupos que compõem a RP, cujas formas de atuação e projetos são semelhantes dentro do Movimento Estudantil: forma de organização dos estudantes autônoma e independente de grupos organizados. Um movimento social capaz de ser o transformador da realidade.

Para a JULI-RP, os estudantes devem organizar-se horizontalmente, de maneira oposta à atual forma de organização do Movimento Estudantil, “caracterizada pelo aparelhismo partidário e pela burocracia.”

A JULI-RP optou pela atuação no Movimento Estudantil por acreditar em sua capacidade de potencialização das reivindicações das classes oprimidas, através da difusão do conhecimento adquirido por meio da educação formal e da utilização das técnicas apreendidas na instituição de ensino, canalizando esse conhecimento para a luta e acreditando ser a militância um meio de formação de indivíduos críticos da realidade em que estão inseridos, facilitando a aproximação dos estudantes com as lutas pela emancipação popular como um processo contínuo de contestação da concepção de educação, de sua finalidade e de seu papel na sociedade: “Nesse sentido, a partir dessa concepção do Movimento Estudantil, o que nos leva a atuar nessa frente é a busca pela consolidação de uma nova prática que permita ir além dos muros que cercam os grupos que atuam em diferentes frentes isoladamente.”

No momento atual, diz o JULI-RP, “os estudantes, sejam eles secundaristas ou universitários, se deparam com a destruição do ensino público e a reforma universitária objetiva formalizar a mercantilização do ensino superior, deixando o tripé ensino-pesquisa-extensão entregue às leis do mercado e determinando uma disputa das universidades públicas com a as particulares pelos recursos do Estado (…) Dessa forma, a luta contra a Reforma Universitária e a mobilização pelo passe-livre em várias cidades iniciaram um novo processo de mobilização estudantil a partir do ano de 2004, deixando as burocracias das entidades representativas dos universitários (UNE) e secundaristas (UBES) claramente desvinculadas das lutas travadas pelas bases, assumindo posições abertamente conservadoras junto ao governo federal e constituindo um verdadeiro entrave ao movimento”.

Para combater essa “dominação burocrática” e buscar uma “alternativa popular e democrática, a classe explorada deve se organizar e assumir o curso dos eventos, determinando sua direção e reforçando sua autonomia (...) Daí, a necessidade dos movimentos sociais combativos e independentes como a Resistência Popular”.

(*) Dados extraídos do site da JULI-RP.


Nota do Editor: Carlos I. S. Azambuja é historiador.

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