Apenas 15% dos homens já ouviram falar em prostatite, doença caracterizada pela inflamação das glândulas da próstata. Isso é o que afirma a Fundação Americana de Doenças Urológicas, que vai além: as mulheres sabem mais sobre a doença do que eles. Para se ter uma idéia da incidência, no Hospital Urológico de Brasília (HU) aproximadamente 05% das consultas estão relacionadas à alteração. Os sintomas indicam claramente que algo não vai bem. "Desconforto ao urinar, febre e dor nos testículos e no períneo são alguns dos indicativos da doença, que na maioria dos casos infecciosa, causada pela bactéria Escherichia coli", descreve Dr. Evandro Cunha, diretor do HU. A prostatite pode surgir em qualquer idade sendo que 70% dos casos são diagnosticados apenas com a manifestação dos sintomas que, nos casos agudos, são bastante intensos. O diagnóstico é realizado por exame de urina (do primeiro e segundo jatos e também daquela colhida após exame de toque retal) e pela análise da secreção prostática. Após a confirmação, além de medicação, são recomendadas medidas que visam adicionais, como dieta com restrição de condimentos e maior ingestão de líquidos. "Pacientes em tratamento devem, ainda, aumentar a atividade sexual a fim de eliminar a secreção. Cabe destacar que a prostatite não apresenta riscos para a parceira", afirma o urologista. A doença não é precursora do câncer, como temem alguns pacientes. Contudo, o tratamento deve ser levado a sério, estendendo-se de 21 a 90 dias de acordo com cada caso. "A próstata, como órgão envolvido na reprodução humana possui uma linha de defesa importante e a mesma dificuldade que a bactéria tem para vencer essa barreira, os medicamentos também terão. A interrupção da medicação pode ocasionar riscos de cronicidade da doença", conclui.
|