Jogo rápido. Nas ruas, nos lares e nos bares a conversa é uma só: “Crise”. Mundial. Fato este que ninguém pode sequer contestar no linguajar do antes pobre gaguinho de barba cheia, mas sim aguardar que a onda passe. E que também a velha, boa e fiel amiga Creuza (em crise) aqui do pedaço, saia da sua. Numa boa. Quem puder colaborar aceitamos doações. Em “verdinhas”, se não for pedir demais. Querer reforçar na conta do (Inferno) Dantas a essa altura do campeonato, já que Protógenes não nos protege mais, é o que não devemos. Do Cacciola comendo lagosta vestido de pijama listrado com aquela bola presa no tornozelo, no chilindró, nem se fala. Agora, quanto aquela outra história tão bem discursada de que iam “cortar na carne”, caímos foi no esquecimento. E lá somos obrigados a decorar tudo o que o “homem” fala. O sonho é o de consumo. Afinal, nascer sabendo é um privilégio de poucos. No tocante a adorar microfones pode ser algum tipo de síndrome de palanque. Ao revés, né! Vão lá querer armar novo cenário apoteótico com vossas excelências em ação, baforando nos microfones, enquanto outros permanecem cochilando nas mesmices do que já foi dito antes? Dar nó (cego) na língua é um grande problema e que nem mesmo o pai Freud explica. Consultas só daqui há 10 ou 15 meses e por ordem de chamada do pombo-correio. Em épocas de cortes, reais bicudos, cabeças vão rolar. Elementar, meu caro (e)leitor! E que fazer chupeta no meio da estrada não é coisa só pra mecânico. (sic) Nada a ver com a chupeta dourada, diga-se de passagem, da Mônica Lewinsk (“Era Clinton”), e que queriam aprimorar para outros corredores palacianos. Acaso haja algo por trás da moita tiro o meu da reta rapidinho. Presente dos gregos à essa altura do campeonato, negativo. Milagre do espetáculo do crescimento, na-na-ni-na... NÃO. Resultado daquele prometido Natal ululante, com as renas desfilando pelo céu aberto, com as nuvens indo e vindo de mansinho, bem capaz do Papai Noel passar folgado pela chaminé devido ao saco magrinho, magrinho. As renas correm é risco de virar churrasco pros convidados do porte Barack Obama. A ordem vai ser: “Almoçá-los antes que nos jantem”. E nada contra que o seu peru venha disfarçado de frango-gate. Quer melhor garantia de emagrecimento – por tabela – sem ter que bancar academia de ginástica? Fome zero, ora tão bem erguida, porém esquecida em bandeiras anteriores, só mesmo nas nossas novelas diárias onde a comidinha é de quem chegar primeiro. Em ambos os sentidos, hã? A manguaça, a exemplo da lei seca do All Capone, passa longe, muiiito longe dos nossos bafômetros Made in Japan. Ou não perceberam que o nosso Comandante dá logo de cheio o bom exemplo. “Fosse sólido, comê-lo-ia”, na voz do saudoso Jânio Quadros para ser mais claro. “Another dose, please!”. Mister W. Bush, cumprindo aviso prévio, muito bonito, sim senhor! Como é que eles conseguem dialogar em línguas diferentes ao mesmo tempo? Até outro dia jurava de pés juntos que a mentira tinha pernas curtas. Ou tudo não terá se transformado numa caixa de surpresas, só para encerrar aqui a moral da história? Água e sal, só no biscoito Duchen, ops. Sentiu a malvadeza? E já que o nosso humor dentro dessa nossa sessão recheada de mal traçadas linhas é sempre picante, “não é nada disso o que você está pensando, mais o quê?”. Questão de gosto não se discute nem debaixo dos panos. E como do primeiro sutiã a gente nunca se esquece, incomodada pode ficar é a sua mulher. Há quem duvide que depois da oferta – do consumismo pela peça fetichista, segundo Nossocomandante - lá –, que o complemento da veste íntima venha logo com a parte de baixo. No tocante a ala masculina, e se é invenção de japonês, que vive de olho arregalado, não vão fazer concorrência desleal com as nossas divas de Fashion Week? Nas passarelas vai ser sucesso mais que o monumento Gisele Bündchen em pessoa. Se a moda pega... No momento algo que ainda respira positivo: na casa da minha velha, boa e fiel amiga Creuza (em crise, não esqueçamos) o cafezinho, no torrão do açúcar, não passa de um mergulhinho; a manteiga, oras pois, é numa passada só. De ida. E findo o fato que o meu amigo Tel é o tal... “Filme Triste” só na letra do Trio Esperança. Seja dito! O resto é roça. Nota do Editor: Celso Fernandes, jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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