02/09/2025  16h09
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Crônicas
16/12/2008 - 07h06
Querida, o meu salário encolheu!
Celso Fernandes
 
Tevê à manivela

Daquela velha dita do “amigo da onça” todo mundo já sabe, e que querer esticar de verdade mesmo na conversa, só no boteco do seo Jorge, aonde a gente toma uma, e se bobear, paga duas. Desempregado, por questão de bom senso, paga “meinha”. Meia boca e sem o famoso chorinho. Pura tequila, limão e sal a gosto no gargalo abaixo. Adelita, heim? Se com outro se fuera, ou se não fuera... Sem esquecer, claro, da atual fuga do cerco do bafômetro que por um tris não chegou à ala do freguês caronista de carteirinha assinada. No caso dos pedestres, medição só nas calçadas. Como o espírito é o tal – how, how, how – fazer retrospectiva, mesmo que não haja muito o que rebobinar, acompanhando o pisca-pisca da vizinhança enfeitado de bolinhas vermelhas (principalmente as vermelhas), amarelas, azuis cor-do-céu, com dezenas de estrelinhas fora de órbita, isso não fica por menos. Nem por mais. Não é à toa que gastei no verbo e no bom tom: “Que essa conversa fique só entre nós, tudo bem, mas não vamos esquecer de contar aos outros”. O quê, Fulano e Cicrano também são todos-ouvidos, oras essa! Ou pensam que orelhinhas e orelhões funciona só nas telenovelas de cada dia? O refrão é um só. Ainda bem que conversa fiada não paga imposto. Em épocas de reais bicudos, ufa!, só lamentos até em uma das novas leis apregoadas do NossoLula-lá, convidando o povo para consumir. Sorte que ele não precisa muito de porta-voz presidencial para gastar tanta saliva. É uma lembrancinha e olhe lá! “Vapti, vupti”, como diria o professor Raimundo numa das brilhantes imitações do Chico Anysio. Milho é pros bicos, pois, a meu ver, os Brusundangas (do Lima Barreto) estão chegando. Vão resolver tudo e ponto final. Consumam, companheiros, consumam e sumam-se daqui. Que o pepino é igual a “mortandela” não tem igual. A gente descasca, come, e lembra dele o dia inteiro.

Haja otimismo até na vozinha ingrata da persistente secretária eletrônica de que no momento não podemos atender, ou que, acredite se quiser, estão transferindo a sua ligação. Pra onde? Difícil. Há quem arrisque – e que juram até de pés juntos dentro desta verdadeira transação cliente-atendente-solução – existir algum grau de otimismo. Desde que seus créditos não subam pro espaço, né? Obrigado e volte sempre, daqui uns dias, nem mais no saquinho do pão francês da padaria.

Por hora, de fórmulas batidas, só no ano que vem. Xô urucubaca. Em “Brasília, Urgente”, o preço do robalo anda o olho da cara. Pintado(s), nem se fala. De resto é sardinha na brasa na barraquinha do Iroshi, que por sorte não entrou na linha de cortes, e dê-se por feliz a preferir contar outra história de pescador. Ainda mais quando aquele árduo povo trabalhador de gravatas, ops, de terras tão distantes, acabou de comemorar o segundo ano da cartilha do “Combate à Corrupção” no país. Só que ninguém parou um momento sequer para meditar por que é que aquela estátua (hã?) vive de olhos vendados. Cega a justiça, em certos casos, ou é o povo que vive afobadão? Hélio Ribeiro que me perdoe em cutucar sua cova novamente em tão memorável frase que conheço desde pequenininho. Sentiu a malvadeza? Ou que, lembrando um pouco da nossa boa “mofolândia” humorística dos anos 50´s, “Balança Mas Não Cai”, na Rádio Nacional Carioca, com Max Nunes e Paulo Gracindo, seria pouco para erguer tantos slogans perto da já falada conversa que não precisa ficar apenas entre nós. Cadê o restante do meu 13º que estava aqui? Querida, o meu salário encolheu! Creio que este ano vamos ficar mesmo só na “lembrancinha”. É a crise! Algo mais em conta, compramos um ou dois comprimidos de anti-amnésia, prometendo que não vamos esquecer nunca. Nunca como antes neste país. Sofrer de acidez mental? Longe disso... Brindes? Quem dá brindes é a internet. Vai ser uma esferográfica ponta fina e pronto! Bonés e camisetas é com o “homem”, chefe da Casa, beirando os 100% na preferência nacional e que, graças a Deus, não sofre de problemas de laringite. Mais línguas tivesse... jamais adeus daria. Ou que ninguém nesse exato momento possa resolver o problema da repimboca da minha parafuseta, isso são outros quinhentos.

Que mal pergunte, do quê mesmo estávamos falando, por favor!


Nota do Editor: Celso Fernandes, jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
ÚLTIMAS DA COLUNA "CELSO FERNANDES"Índice da coluna "Celso Fernandes"
01/02/2021 - 05h53 Falamos a mesma língua?
31/12/2020 - 05h51 2021. O ano que já nasceu!
22/11/2020 - 05h20 Eleitos, reeleitos, pré-eleitos e pós eleitos
26/10/2020 - 06h15 Novas velhas promessas eleitorais
17/10/2020 - 06h38 Surpresas nada alarmantes
12/10/2020 - 06h24 Elegíveis inelegíveis, outra vez?
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.