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Opinião
20/12/2008 - 07h15
A imprensa e o golpe de mestre
Luciano Martins Costa - Observatório da Imprensa
 

A fraude comandada pelo ex-presidente da Bolsa Nasdaq, Bernard Madoff, espalha seus estilhaços por todo o mundo e alcança o Brasil. O Estado de S.Paulo informa que investidores brasileiros começam a consultar escritórios de advocacia para recorrer à Justiça internacional e tentar reaver o dinheiro perdido.

As perdas provocadas pelo esquema de pirâmide administrado por Madoff podem chegar a 50 bilhões de dólares e certamente vão afetar a já debilitada credibilidade do sistema financeiro internacional.

O golpe era tão primário que os analistas consultados pelos jornais têm até dificuldade para entender como funcionava. O caso se torna ainda mais grave quando se observa que entre as vítimas encontram-se investidores altamente qualificados e experientes, como bancos especializados em administração de fortunas.

O que Madoff fazia era simplesmente oferecer retorno alto aos investidores, usando dinheiro de novos aplicadores para pagar os rendimentos de seus clientes. O esquema era exatamente igual à velha pirâmide, que de vez em quando saqueia trocados de pessoas crédulas e gananciosas.

O elemento mais assustador da história toda é o fato de que, depois de descoberto, o golpe se revelou absolutamente primário, mas as autoridades financeiras dos Estados Unidos simplesmente não o enxergaram. Segundo os jornais, o órgão encarregado de regulamentar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários nunca examinou os livros contábeis da empresa de Madoff desde que ela foi registrada, em 2006.

Os otários

O que a imprensa reproduz nas edições de terça-feira (16/12), quando se revelam detalhes do golpe, é um verdadeiro estado de choque. Investidores, operadores e analistas do mercado financeiro se declaram estupefatos com a falta de segurança do sistema.

Segundo o Globo, os aplicadores brasileiros foram atraídos pela promessa de alto rendimento e pela possibilidade de ganhar um dinheiro que não precisaria ser declarado à Receita Federal. As aplicações eram feitas em valores abaixo de 10 mil dólares de cada vez, para escapar da fiscalização automática.

Os jornais não conseguiram, ou não quiseram, identificar os otários, ou melhor, as vítimas brasileiras do golpe. Pena. Eles poderiam alimentar os programas humorísticos da televisão neste final de ano.

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