Eu não quero ver os animais de passeata PELA VIDA, enquanto nós, os "seres pensantes", sobrevivemos escondidos em nossa covardia, deixando os donos da propriedade fazerem com ela o que eles querem, sobrepondo-se aos interesses humanos com a convivência da hipocrisia, do imediatismo, o consumismo da irresponsabilidade "humana". Cada vez menos sabemos quais são as coisas queridas. O amor se procura na tecnologia, não na convivência humana, no relacionamento do tato e a sensibilidade de nossos espaços. Não sabemos mais navegar em um barco de papel, que levavam nossas utopias de crianças a longas viagens imaginárias. Não sabemos mais acompanhar a dança de um peão, nem o trajeto certeiro de nossos diamantes imaginários, as bolinhas de gude. Eu tenho saudade da carta que transmitia a nossa cálida escrita, que nos originava o empenho por dar forma a nossos pensamentos, que voavam até o destino de nossas paixões e amizades e também ao calor da nossas raízes familiares. A tecnologia nos tirou a ilusão da espera ansiosa que fazia tecer nossa imaginação pela resposta. É triste quando nos dissociamos do humano, é assim que governamos e nos governam em um imediatismo impensado sem visualizar o futuro. Miguel Angel Garcia Martinez magubax@hotmail.com
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