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Opinião
31/12/2008 - 07h03
Revistas refazem a história
Luciano Martins Costa - Observatório da Imprensa
 

As tradicionais retrospectivas do ano chegam às mãos dos leitores e trazem algumas curiosidades. As duas revistas semanais de informações mais destacadas pela circulação, Veja e Época, optaram pelas notas curtas e muitas fotografias sobre o que seus editores consideram os mais importantes acontecimentos de 2008.

A crise financeira, as Olimpíadas na China e a eleição do futuro presidente Barack Obama nos Estados Unidos dominam o cenário, mas Veja dedicou muitas páginas às mulheres bonitas que protagonizaram escândalos ou que simplesmente apareceram bastante no ano que se encerra.

Difícil explicar como a briga de uma atriz com o namorado, por exemplo, pode ajudar o leitor a entender o que foram esses últimos doze meses.

A questão ambiental, que em 2008 ganhou bastante espaço na imprensa, aparece num mero registro, e os debates sobre sustentabilidade, que chegaram a ocupar um espaço maior depois da eclosão da crise financeira internacional, em setembro, simplesmente desapareceram das lembranças do ano.

Inversão de valores

Lidas cuidadosamente, como ocorre com as revistas de informação que se pretendem influentes, ou folheadas aleatoriamente, como as publicações de amenidades, que não pretendem outra coisa a não ser entreter os leitores, as edições de fim de ano dão na mesma: passam a impressão de que 2008 foi um ano como qualquer outro.

Foi, por exemplo, o ano em que a Polícia Federal bateu recordes de atuação. Foi o ano em que um lustroso banqueiro e empresário, celebrizado na imprensa por sua ousadia no processo de privatização das telecomunicações, acabou na cadeia. Por pouco tempo, é verdade, mas o suficiente para levantar o véu das relações suspeitas entre o dinheiro de origem duvidosa e certas autoridades da República.

Mas o personagem escolhido pela revista Veja para lembrar o episódio foi o delegado federal encarregado do inquérito, acusado de haver cometido abusos durante as investigações.

Resumindo o que a imprensa fez durante o ano, a revista termina 2008 invertendo valores, e estampa o retrato do delegado no lugar do vilão.

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