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Opinião
05/01/2009 - 15h18
Estabilidade no emprego, já!
José Luiz Teixeira
 

O título deste artigo parece uma palavra de ordem do tempo em que os sindicatos dos trabalhadores eram combativos e de oposição. Mas não é. Pelo contrário. Por tudo o que tenho lido e ouvido ultimamente, a estabilidade no emprego parece ser a única solução para evitar a crise econômica no Brasil.

Entendo tanto de Economia quanto Luciana Gimenez do novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa. Mas o caso aqui não é uma questão econômico-financeira; é uma simples e óbvia dedução lógica. Se não, vejamos. O presidente Lula – que está tentando afastar a crise no gogó – tem dito e repetido que os trabalhadores não podem parar de consumir, pois será isso que levará o País à recessão.

Com medo de perder o emprego, o trabalhador não consome; os comerciantes não vendem; as indústrias deixam de produzir e, pronto, no final desse círculo-vicioso, o trabalhador é demitido.

Lula não está falando bobagem. O ex-ministro Delfim Netto tem dito a mesma coisa em suas entrevistas – a última foi no Canal Livre da TV Bandeirantes, no domingo após o Natal. Segundo Delfim – que, aliás, é conselheiro de Lula – o medo de perder o emprego é que vai fazer o trabalhador perder o emprego. “Essa é toda a teoria econômica que alguém precisa saber para combater a crise”, resume ele, do alto dos seus quase oitenta anos de experiência.

Simples, não é? Tão simples que até eu que nunca soube direito o que é um hedge, um derivativo, um prime-rate, ou o raio que os parta, consegui não apenas compreender como enxergar a luz no fim do túnel. Trata-se do óbvio ululante. Se o presidente Lula e o ex-ministro Delfim Netto estão certos – e eu acho que estão – a única forma de enfrentar a crise é adotar a estabilidade no emprego.

Daí, o trabalhador não tem medo de perder o emprego e vai comprar sua geladeira; a loja vai fazer mais encomenda ao fabricante; o fabricante vai comprar as peças do produtor; e assim por diante. Pronto. Todos viveremos felizes para sempre. A menos que os empresários – os patrões, como diriam os antigos sindicalistas – ajam de má fé. E venham com essa conversinha de flexibilização do contrato de trabalho.

Seguindo a lógica de Lula e de Delfim, essa atitude patronal seria o mesmo que colaborar com a crise; ou, como dizem no interior paulista, seria chamar passarinho gritando xô!


Nota do Editor: José Luiz Teixeira é jornalista e editor do blog www.escutaze.com.br.

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