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Opinião
06/01/2009 - 05h51
A funda de Davi
José Nivaldo Cordeiro - Parlata
 

A guerra movida por Israel conta o Hamas, na Faixa de Gaza, era esperada e necessária e se presta a algumas reflexões, que pretendo fazer aqui. A primeira delas é identificar o exato cenário em que está sendo desenvolvida: o período anterior à posse de Barack Obama, que por origem e por crença tem um pendor natural para o mundo árabe. Sua secretária de Estado, Hillary Clinton, deixou-se fotografar no passado ao lado da mulher de Yasser Arafat e jamais escondeu sua simpatia pela causa palestina.

A outra referência no cenário geopolítico é o avanço do Irã no domínio do ciclo da energia atômica destinada a produzir bombas. Mesmo que seu primeiro artefato venha a ser pequeno e “caseiro”, artesanal, poderá mudar o eixo estratégico da região. O Irã dispõe de foguetes capazes de fazer chegar seus artefatos atômicos a qualquer lugar do Mediterrâneo. Até mesmo a Europa ficaria à mercê dos alucinados dirigentes iranianos. Esse guerra localizada contra o Hamas é um esplêndido exercício militar de fogo real, sem maiores riscos.

Por fim, diante de sua opinião pública o governo israelense tinha a obrigação de fazer calar os foguetes do Hamas. Certo, a validade militar dessas armas é nenhuma, imprecisas que são e incapazes de alcançar alvos militares. Servem apenas para matar civis ocasionalmente e para aterrorizar as cidades fronteiriças. Por isso mesmo que a provocação não poderia ser mantida indefinidamente. Era questão de tempo que o Exército israelense fosse dar um basta.

E há mais um fator importante. A opinião publica mundial já não mais se comove com a palhaçada propagandista dos guerrilheiros, que matam civis inocentes e usam como escudo sua própria população civil, acusando Israel de atrocidades quando, na verdade, estas são praticadas precisamente por eles, terroristas que são. Tirando a esquerda militante mundial ninguém se importa mais que esses malucos sejam militarmente neutralizados, pois é isso que precisa ser feito.

O governo de Israel fez o cálculo perfeito ao iniciar a campanha no período de festividades natalinas, quando toda a gente no Ocidente está em férias, os governos semi-paralisados e Barack Obama ainda sem ter a palavra final sobre a política externa dos EUA. Israel mandou um recado claro: qualquer que seja a política de Obama fará o que precisa ser feito para garantir a segurança de seus cidadãos. Colocou o novo presidente diante de um fato consumado, tanto que não se ouviu uma palavra dele sobre o assunto. Mesmo Hillary Clinton escondeu-se do problema, pois não há meios termos: ou se apóia Israel ou o Hamas. Nesse jogo não pode haver empate. Essa omissão será sempre suspeita.

O verdadeiro alvo israelense será o Irã, este que também é responsável por financiar, armar e treinar os insurgentes do Hamas. Lutar contra o Hamas na verdade é lutar contra o Irã. Não há como se enganar quanto a isso. A funda do pequeno Davi ainda uma vez terá que ser usada, pois Israel não poderá permitir a ameaça atômica iraniana. Esse tempo está próximo.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro (www.nivaldocordeiro.net) é executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL – Associação Nacional de Livrarias.

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