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Opinião
10/01/2009 - 15h27
Os benefícios da reforma ortográfica
Alfried Karl Plöger
 
Uniformidade, viabilizada pelo referendo luso, torna o português língua oficial da ONU.

São 210 milhões de pessoas incluídas no universo dos oito países da lusofonia. A grande maioria - 190 milhões - vive no Brasil. As mudanças ortográficas, embora possam desagradar a alguns, são muito pequenas. É algo ínfimo ante os benefícios de ter um idioma reconhecido pela ONU. Afinal, é preciso entender que a ortografia-padrão facilitará sobremaneira o intercâmbio cultural, cuja principal mídia continua sendo a impressa. Livros de todos os segmentos - ficção, didáticos, paradidáticos e científicos -, documentos e escrituras internacionais, contratos comerciais e textos de todos os gêneros poderão circular livremente entre os países, sem necessidade de revisão. É o que já ocorre com o Espanhol. O ensino do Português também será padronizado.

Como é fácil perceber, a reforma ortográfica terá sensível impacto na indústria gráfica. À medida que avance, milhões de exemplares de livros, dicionários, apostilas, manuais e jogos estarão desatualizados. Terão de ser reimpressos, criando uma previsível demanda extra bastante atraente para o setor. Os itens ligados à educação e cultura deverão ser os primeiros a passar novamente pelas impressoras, pois é fundamental que tenham a nova base ortográfica o mais rapidamente possível. A internacionalização também favorece muito o trabalho de pré-impressão, considerando que o fornecimento de serviços para um cliente de Portugal, por exemplo, não exigirá mais a adaptação ortográfica da digitalização dos textos e editoração eletrônica.

Por mais puristas que sejamos quanto à língua portuguesa, é necessário compreender a importância e extensão da reforma ortográfica. A relação custo-benefício da mudança deverá acabar prevalecendo, até porque a nova ortografia não impedirá a espontânea e inevitável evolução regional da língua, um elemento vivo e sensível às peculiaridades culturais, políticas e socioeconômicas de cada país. A indústria gráfica, não só pela questão mercadológica, como pela responsabilidade intrínseca a um setor integrante da cadeia produtiva da comunicação, está-se preparando adequadamente para as mudanças, contribuindo, também, para a sua ampla e correta difusão.


Nota do Editor: Alfried Karl Plöger é o presidente da Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e vice-presidente da Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas).

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