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Opinião
16/01/2009 - 15h04
O arrastão e a conscientização
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O arrastão em edifícios e condomínios, especialmente os de alto luxo, tem se tornado corriqueiro. Na certeza de ali encontrarem dinheiro, jóias, equipamentos sofisticados e outros valores, as quadrilhas usam logística cada dia mais avançada para vencer os obstáculos e praticar o roubo. Essa dura realidade exige a adoção de um sistema personalizado de segurança física, câmeras, alarmes, guaritas blindadas e procedimentos defensivos permanentes. Síndicos, porteiros, zeladores, funcionários, moradores e até seus visitantes têm de seguir rigorosamente um ritual capaz de colocá-los a salvo das invasões e suas conseqüências.

É indispensável que todo condomínio possua muros altos com cercas elétricas e outras barreiras físicas, elimine portas e portões desnecessários e mantenha câmeras e alarmes para vigiar corredores, garagem e todos os pontos possivelmente vulneráveis. O monitoramento desse sistema deve ser feito no próprio local, se possível em cabine blindada, e externamente, para que sempre haja alguém colocado fora da cena do crime, em condições de acionar a polícia e outras formas de socorro e prevenção. A simples adoção dessa parafernália eletrônica exige treinamento e motivação do pessoal para que possam tirar o máximo de sua eficiência. Num dos recentes arrastões de São Paulo noticiou-se que o alarme disparou mas os funcionários, pensando ser só um defeito, dispensaram a ajuda da prestadora externa de segurança e, com isso, facilitaram a ação criminosa. Isso jamais deveria acontecer!

Síndicos e titulares das unidades condominiais não devem se esquecer que, além do patrimônio investido e do valor estimativo dos objetos que os ladrões costumam levar, ainda há em jogo o patrimônio maior, que é a vida. Por isso, não devem negligenciar na adoção de medidas de segurança. Tem de saber também que só equipamento de segurança e pessoal treinado não é o suficiente. Os moradores, grandes beneficiários de todo esse aparato técnico e pessoal que se monta devem dar sua parcela de contribuição para que tudo corra bem. Um procedimento errado é o suficiente para abrir o flanco que o ladrão necessita para agir.

É fundamental que ninguém entre no condomínio sem a devida identificação e a informação do que vai fazer e exatamente onde pretende ir. Essa informação tem de ser sempre checada com o morador destinatário para que este autorize a entrada. O próprio morador deve tomar cuidado e se responsabilizar pelas pessoas que coloca para dentro e todos devem, solidariamente, trocar informações que tornem o ambiente seguro. Ainda mais: sempre que possível, os valores não devem ser guardados em casa, mas em bancos e empresas especializadas. A casa deve ser apenas o ambiente de vivência e bem-estar, nada mais que isso.

Existem empresas e instituições especializadas em segurança de prédios e condomínios. Seu trabalho, via de regra, é bom. Mas nada substitui a conscientização e o clima de cumplicidade positiva entre os moradores. Todos eles deveriam freqüentar mais as reuniões de condomínio e resolver, sem brigas nem rancor, os problemas de interesse geral. Assim estarão garantindo a tranqüilidade e o patrimônio e preservando até a própria vida...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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