“Virgem Maria!!!”, foi o que disse ela, enquanto coçava a cabeça, com ares de dúvida. E disso, não passou. Ela ficou ali, sentada, ostentando o silêncio como resposta. Entretanto, mesmo sem verbalizar, seu sorriso dizia quase tudo. Tinha aquele jeito de quem foi flagrada em plena traquinagem. Ora! Mas que tipo de arte teria cometido a moça? Na verdade, nenhuma. É que abrir o coração é algo que encabula a qualquer um, imagino. E ela estava ali, silente, porém, abrindo sua emoção, como quem mostra um brinquedo novo. Contudo, não havia nada de novo nesse brinquedo. O que ela descobriu foi um novo jeito de brincar com o que, antes, parecia ser indecifrável. Enfim, a pergunta, que aparentemente havia ficado sem resposta acabou sendo satisfeita de outra forma. Ela puxou-me pela mão e, ainda em silêncio mas, agora, com um sorriso rasgado na face, continuou sem dizer-me o que pensava ser o amor. Preferiu demonstrar isso na prática! Agora, eu também não sei dizer o que é... Mas é boooom!!! Nota do Editor: Obed de Faria Junior, de São Paulo (SP), é um escritor entusiasta. Mantém o site: obed.zip.net.
|