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Opinião
18/01/2009 - 15h02
Israel e Hamas entram também na guerra online
Moriael Paiva
 

“Em época de guerra, a primeira vítima é sempre a verdade”. Apesar de o clichê ser antigo, essa famosa frase se faz cada vez mais atual, principalmente durante períodos de conflito que geram grande repercussão. Iniciados no fim de 2008, os casos mais recentes são os ataques terrestres e aéreos ocorridos na Faixa de Gaza. Até agora, não há sinal de trégua entre o grupo islâmico Hamas e Israel.

Paralelo ao conflito, outra guerra também acontece: a da informação. Um verdadeiro bombardeio de notícias chega minuto a minuto por meio dos veículos de comunicação, um resultado fruto do trabalho dos bravos jornalistas que encaram os perigos direto do front. Diferente de outras coberturas de guerra, a tradicional forma de comunicação está abrindo espaço para uma democratização da informação sem precedentes.

Desde a famosa cobertura realizada pela CNN durante a Guerra do Golfo (1990), a primeira da história com transmissão ao vivo, a velocidade da notícia e a maneira como ela é veiculada têm sofrido constantes mudanças. Isso porque com o advento da Internet vieram também os blogs, as páginas de relacionamento e os sites para postagem de vídeos. Todas essas ferramentas têm sido utilizadas de forma plena, não só por profissionais de imprensa, mas também por quem está diretamente envolvido e sofre os efeitos de uma guerra.

Voltando um pouco no tempo, um fato que causou enorme repercussão foi a divulgação de um vídeo no qual Saddam Hussein fora executado, em dezembro de 2006. O arquivo teria sido gravado por uma das testemunhas do ato por meio de um celular. O vídeo caiu na rede 24 horas após a morte do ex-líder iraquiano e ainda circula na Web.

Isso só é possível porque, com as facilidades oferecidas pela tecnologia, é fácil gravar um vídeo pelo celular e postá-lo na Web. O YouTube, a página mais popular do gênero e que permite aos usuários carregar e compartilhar vídeos em formato digital, tem recebido constantes atualizações diretas de Gaza.

O próprio governo de Israel criou um canal no site como uma forma de “contribuir para levar a mensagem do País ao mundo”, segundo as Forças de Defesa.

Já do lado palestino, o jovem Sameh Habeeb criou um blog para abastecer o mundo com informações sobre a situação na cidade de Gaza. Sem luz elétrica e banda larga, o blogueiro posta as notícias por meio de conexão discada. Na página, ele conta como os habitantes palestinos têm vivido desde que os conflitos tiveram início.

Essa nova forma de comunicação - mais direta e onde cada pessoa conectada tem um papel mais importante dos dois lados da notícia - não tem volta.

Ninguém quer mais esperar pelas já antigas centrais ou agências de notícias. A fonte pode ser um palestino que bloga do calor da guerra e da mesma forma o israelense que, indignado com o Hamas, twiita freneticamente tentando influenciar a opinião e conseguir apoiadores on-line. Cada um do seu jeito, cada qual com suas razões, cada um por um meio digital. Ganha a informação que chega mais rápida para o mundo inteiro - verdadeira, real, sem filtros e manipulações.


Nota do Editor: Moriael Paiva, diretor executivo de criação da Talk Interactive (www.talkinteractive.com.br). É publicitário e especialista em comunicação Interativa.

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