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Crônicas
22/01/2009 - 17h00
É só olhar
Evelyne Furtado
 
"É só olhar, depois sorrir, depois gostar..."

Os versos da canção de Johnny Alff remetem meus sentidos à Ponta Negra de minha adolescência. Veraneio, casa cheia de crianças e adolescentes. Morros, céu e mar à nossa disposição.

As músicas nos fins de semana, no entanto, eram escolhidas por meus pais e assim conheci Noel, através de Betânia, Elis, Maysa, Vinicius, Toquinho e Maria Creusa.

Ouvi inúmeras vezes “O Que é Amar” e sua letra hoje é saudade, que vem com o verão. Saudade do tempo em que as relações amorosas começavam com o olhar, passavam pelo sorriso, chegavam ao beijo e ao gostar, que não precisava ser eterno, mas que era muito bom enquanto durava.

Não havia espaço para especulações e as fantasias eram vividas a dois. Claro que havia triângulos amorosos, mas era fácil desfazê-los. A presença de outra pessoa na relação era percebida pelo sorriso, pelo toque e pelo olhar do outro.

"Você está diferente", era uma frase comum e normalmente surtia efeito: a verdade vinha à tona.

Só ficávamos juntos se gostássemos um do outro. Não havia outra intenção. A minha memória seletiva diz isso e hoje eu confio nela.

Claro que havia todo o tempo do mundo para uma adolescente que descobria o saboroso despertar do amor entre olhares, sorrisos e beijos.

Havia também uma inocência abençoada que excluía terceiras intenções e dava coragem para seguir buscando quem fizesse o coração acelerar, causasse o frio na barriga e a vontade de ficar cada vez mais perto do escolhido.

Depois de anos de olhares que vêm e que vão; depois de tanta complicação, foi-se a inocência. Algumas intenções são óbvias e a experiência ajuda a tratar delas; outras não e estas trazem medo ou deixam travo no coração.

Era bem mais fácil quando a resposta vinha como na letra de Johnny Alff: "... você olhou, você sorriu, me fez gostar”.


Nota do Editor: Evelyne Furtado é cronista e poetisa em Natal (RN).

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